quinta-feira, fevereiro 21
sexta-feira, novembro 30
Democracia Participativa
Esta democracia participativa, que várias personalidades tanto gostam de evocar como a forma ideal de fugirmos aos problemas que a maioria dos regimes apresentam, trata-se meramente de uma ideia utópica, incapaz de ser levada à prática, seja pela cultura ou pela própria organização da maioria das sociedades. Mesmo num cenário hipotético em que este sistema fosse implementado, as suas consequências seriam letais para a sociedade.
O advento das novas formas de tecnologia fez sonhar muitos apologistas da participação directa dos cidadãos. Deparando-se com um sistema pouco eficaz, corrupto e quase sempre refém de guerrilhas partidárias no interior do hemiciclo, é possível que a ideia de fazer uma votação on-line sobre uma determinada matéria, e recolher a respectiva decisão dos cidadãos no dia a seguir, seja sugestiva, para não dizer, aliciante.
Este sistema, por mais apelativo que seja, é insustentável e rapidamente conduziria a um país estagnado nas suas políticas. Os governantes e políticos seriam reduzidos a secretários que conduziriam um país com base em gráficos, impondo sucessivas medidas contraditórias, incoerentes e impraticáveis na maior parte das vezes. Pode-se argumentar que a maioria das sociedades não está preparada para um sistema semelhante, daí que a solução seria referendar matérias ocasionalmente. É verdade que tal seria um sistema mais moderado, mas nunca existiria uma barreira clara e precisa entre as matérias e o método de decisão, algo essencial para a estabilidade e o sucesso de um modelo.
Um sistema de democracia eficaz jamais pode passar por um sistema de democracia participativa directa. Seria um notável erro político e um desastre na sociedade. A cultura de responsabilidade, transparência e progresso, tem de assentar numa cultura de representação. As eleições, os seus programas, têm que assentar numa pessoa, num grupo político, capaz de ser responsabilizado pela condução das ideias que o fizeram ser eleito. Um sistema assente no princípio da subsidariedade em democracia representativa é o único sistema capaz de fazer face aos desafios que actualmente se proporcionam.
Segoléne Royal durante a campanha para as presidenciais francesas referiu por diversas vezes que era altura de dar voz aos cidadãos, de serem estes finalmente os responsáveis pela governação. Estas declarações quase naïves da candidata, mostram a característica mais perigosa deste tipo de democracia directa - a diluição da responsabilidade dos sucessos e fracassos de um programa, atribuídos a um conjunto de estatísticas, correspondente à sociedade.
Madame Royal não compreende o perigo desta abordagem, preferindo continuar com o seu sound-byte da démocracie participative. Esquece que o melhor sistema político continua a ser a eleição e julgamento dos representantes pelos cidadãos. E felizmente para a França, as suas ideias foram rejeitadas pelos eleitores franceses.
sexta-feira, novembro 23
Ron Paul? Isolacionista?
Defende o regresso imediato aos EUA de todas as tropas americanas estacionadas por diversas bases em todo o Mundo, sem qualquer excepção ou transferência gradual. Seja no Iraque, seja noutros pontos do globo, independentemente de serem estrategicamente essenciais como é o caso da Coreia do Sul.
Foi o único congressista a votar com o sempre cómico congressista democrata Kucinich, na seguinte moção: “Calling on the United Nations Security Council to charge Iranian President Mahmoud Ahmadinejad with violating the 1948 Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide and the United Nations Charter because of his calls for the destruction of the State of Israel.”
Opõe-se à existência do Tribunal Criminal Internacional, as Nações Unidas, a União Norte Americana, a Organização Mundial do Comércio, a Aliança para a Segurança e Prosperidade da América do Norte e da NATO.
Para responder aos genocídios do Rwanda ou do Darfur, Ron Paul defende que os EUA devem publicar um “moral statement”. Numa votação para determinar sanções para o Darfur, Ron Paul votou contra. Numa votação anterior, numa resolução que apoiaria uma intervenção do tipo humanitária, caso as sanções falhassem, Ron Paul votou contra.
Assume-se como um defensor do comércio livre. Porém, é assumidamente contra o NAFTA (North American Free Trade Agreement) e votou contra os acordos de comércio livre com vários países.
Reivindica que o 11 de Setembro se deveu às políticas intervencionistas dos Estados Unidos, dado que tinham estado a bombardear o Iraque durante 10 anos após a Guerra do Golfo.
É autor de citações como esta: “Too often we give foreign aid and intervene on behalf of governments that are despised. Then, we become despised. Too often we have supported those who turn on us, like the Kosovars who aid Islamic terrorists, or the Afghan jihadists themselves, and their friend Osama bin Laden. We armed and trained them, and now we’re paying the price.”
Ron Paul rejeita o epíteto de isolacionista. Para mim, é-me indiferente a forma como ele se classifica. Esta política externa desastrosa, apropriada ao séc. XIX e repleta de wishful thinking, não deixa margens para dúvidas.
segunda-feira, novembro 19
Só no the Guardian...
VPV em entrevista ao Expresso
É um político [Sócrates] que ficará na história?
Mas é um Governo com impulso reformador.
A ler na íntegra.
domingo, novembro 18
ASAE
To punish or not to punish
sábado, novembro 17
domingo, novembro 11
Sexo e Poder
A sequência que resume a história da humanidade, publicada no Zero de conduta tem dado azo a vários comentários interessantes, cada um a tentar explicar como ao longo de milénios o sexo, a luta pelo poder e a violência se influenciam entre si. Leio quem argumente que "os homens lutarão pelo poder porque poder significa sexo". Não partilho da opinião.
quinta-feira, novembro 8
Disciplina
quarta-feira, novembro 7
5 de Novembro
A propósito do jackpot de Ron Paul, Robert Novak:
Interestingly, it was volunteer supporters with no affiliations to Paul's campaign who organized the fundraiser. For all the talk of candidates' using the Internet in 2008, Paul's campaign is the only one that is really doing it -- and he is doing it mostly by stepping back and letting his enthusiastic backers form their own networks of support.
Raising this sort of money could increase Paul's support. First, it suggests that he is a legitimate candidate and not the Dennis Kucinich of the GOP. This might make some potential supporters less wary about "throwing away their vote." Also, going into the early states, he will have a huge cash-on-hand advantage over everyone but Romney and McCain.
terça-feira, novembro 6
Next please!
segunda-feira, outubro 29
Royal Party
quinta-feira, outubro 25
A visita do Czar
segunda-feira, outubro 22
Polónia
No IHT:
The prime minister, Jaroslaw Kaczynski, conceded defeat as two major exit polls showed his Law and Justice Party trailing Civic Platform by double-digit margins. His brother, Lech, will remain president and retain veto power over the presumptive new government's legislation.
With 38 million residents, Poland is the largest former communist country in the European Union. Civic Platform stands for cutting taxes and the continued liberalization of the country's economy through privatization.
Party
sábado, outubro 20
Coerência
Lufada de ar fresco
segunda-feira, outubro 15
Confirmação (2)
O ex-PM já mostrou que está de regresso e acabou-se a história do "andar por aí". Só resta saber até quando se vai aguentar esta aparente sinergia, pois estes dois egos não sobrevivem num partido disposto a dar luta ao governo. Seja por vingança, seja pelo simples desejo de alcançar o poder.
Confirmação
Boas Notícias
E tutti quanti, gattopardi, sciacalli e pecore, continueremo a crederci il sale della terra.
Pedro Lomba e Pedro Mexia, um regresso a dois aos blogs: Gattopardo
sexta-feira, outubro 12
Quizz :Nobel da Paz
1. Fundou uma Eco-religião.
2. Defrontou George W. Bush.
3. Ganhou um Emmy.
4. Veste Armani.
Al Gore
quinta-feira, outubro 11
A diferença entre um anúncio eleitoralista e uma efectiva liberalização do ensino
A ser verdade que existe uma substancial falta de médicos em Portugal, esta estratégia daria frutos a médio prazo. É preciso não esquecer que uma licenciatura em medicina não é suficiente para iniciar a prática clínica. A especialização, que ocorre exclusivamente no SNS, é indispensável para a formação de médicos.
O que tenho criticado no anúncio do ministro, é o aumento abrupto das vagas sem qualquer explicação de como se processará a educação dos profissionais. Nos últimos anos, as diversas faculdades têm aumentado significativamente as vagas, estando no limite das suas capacidades. Para a maioria dos alunos dos primeiros anos, as dificuldades de aprendizagem são notórias, devido à falta de infraestruturas necessárias para um número elevado de alunos.
Em segundo lugar, o ministro não deu qualquer pista no sentido de haver uma efectiva liberalização o sector do ensino da medicina. Daí as minhas críticas. A ser anunciada tal medida, em que a abertura de mais vagas estará exclusivamente em faculdades privadas, nada tenho contra. Nas actuais universidades é simplesmente insustentável. É a qualidade destes profissionais que está em jogo, nada mais.
“- As elevadíssimas (e completamente injustificáveis) médias de entrada em todos os cursos de medicina;”
Eu sinceramente não compreendo o “injustificável”. Dada a enorme procura, não é normal as médias de entrada serem essas? E nem vou me pronunciar sobre a quantidade de pessoas que encontram formas de contornarem os concursos normais, através de contingentes.
“A questão não é saber quantos médicos o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai absorver. O objetivo do SNS é dar saúde aos portugueses, não é dar emprego aos médicos.”
É óbvio que concordo. Nunca disse o contrário, embora muitos tenham entendido como tal. O que escrevi foi simples: dado o modelo vigente no nosso país, em que o SNS é o grande responsável pela acção médica, caso este tenha um défice de profissionais, o estado deve ser responsável por contratar mais. Apenas caso se verifique um défice, obviamente. E tive o cuidado de afirmar que isto é de acordo com o actual modelo, pois como o André bem sabe, já escrevi sobre uma possível reforma deste modelo em dois artigos na Dia D.
“- A necessidade de recorrer à contratação de médicos estrangeiros;”
A contratação de médicos estrangeiros não é nada de outro mundo. Vejamos, se existe um sistema nacional de saúde em que nem todos os profissionais lá trabalham, vamos ter duas realidades. Se vários profissionais decidem não trabalhar no SNS, o sistema terá que procurar recursos para colmatar esse défice, daí a contratação de médicos de outras nacionalidades. Ora isso não é um indicador de falta de médicos, pelo menos na minha perspectiva. É um indicativo de falta de médicos no interior do SNS, pois não está preparado para cativar esses profissionais no sector público. E sobre isto falei no meu artigo sobre uma efectiva remodelação do SNS.
“- Os elevados preços dos serviços médicos no mercado português quando comparados com os de outros serviços.”
Por último, embora a escassez pudesse ser uma razão perfeitamente plausível para este facto, julgo que talvez exista um factor bem mais importante: o bom lobby que é a Ordem dos Médicos.
quarta-feira, outubro 10
Notas sobre o debate republicano de ontem
Por Robert Novak:
Conservative voters hoping former Sen. Fred Thompson (R-Tenn.) would be a Reaganesque white knight were likely disappointed by Thompson's performance in his first debate. He took the safe route on nearly every answer, including endorsing the Bush Administration's current policies on Iraq and ethanol subsidies. Needing to distinguish himself, he didn't.
Two months out, former Massachusetts Gov. Mitt Romney (R) maintains his leads in Iowa and New Hampshire polls, and one recent South Carolina poll showed Romney ahead. As other candidates begin to compete with Romney for paid media, will these leads evaporate?
Former New York City Mayor Rudy Giuliani (R) has become perhaps the best performer in the field and was excellent in Tuesday's debate. But he still faces deep trouble on the right wing of the party.
Rep. Ron Paul (R-Tex.) remains an odd phenomenon: He equaled Sen. John McCain (R-Ariz.) in fundraising, he does very well in most straw polls and he draws the loudest applause at the presidential debates. His base is very motivated, and it is ideologically diverse. Still, he barely registers in polls. His limited-government message is far more consistent than that of the other candidates, who push ethanol and farm subsidies. His anti-nation-building stand could have broad appeal, but he wanders off into monetary policy and foreign policy tangents. The threat to the GOP: An independent Paul candidacy is all the more real after he refused to pledge support of the nominee.
terça-feira, outubro 9
segunda-feira, outubro 8
Atlântico
domingo, outubro 7
Bicefalia
sábado, outubro 6
Overheard in the Office (7)
300 West Main Street
Louisville, Kentucky
via Overheard in the Office
Overheard in the Office (6)
528 Newtown Road
Virginia Beach, Virginia
Overheard by: Mike
via Overheard in the Office
Overheard in the Office (5)
12PM If the Goal Is to Go Home at Five, Then You're on the Right Track
US Patent and Trademark Office
Alexandria, Virginia
Overheard by: Why Me?
via Overheard in the Office
Overheard in the Office (4)
New York, New York
Overheard by: i want to adopt this kid
via Overheard in the Office
Overheard in the Office (3)
Heated caller: So let me understand this: if I die, I get $100,000?
CSS rep: No. If you pass, your beneficiary will receive $100,000.
Heated caller: But it is my money. I am paying the premium for it. I should be able to get my money. Why can't I have my money?!
CSS rep: Because you will be dead, ma'am.
Heated caller: That's ridiculous. I want to speak with a manager.
1 Sartan Way
Merrimack, New Hampshire
Overheard by: CSS Nightmare
via Overheard in the Office
Overheard in the Office (2)
12PM Kindly Do Not Demonstrate
Woman: So if you've never done it before, it's going to hurt the first time and maybe even bleed a bit.
Man: Uh huh.
Woman: So don't be afraid. You should try it. It's definitely worth it.
Other people in elevator shuffle uncomfortably.
Woman: Um...So flossing is crucial to good dental hygiene.
Elevator
Houston, Texas
via Overheard in the Office
Overheard in the Office (1)
Indianapolis, Indiana
via Overheard in the Office
quinta-feira, outubro 4
Religião e Política (2)
When you say “radical right” today, I think of these moneymaking ventures by fellows like Pat Robertson and others who are trying to take the Republican Party and make a religious organization out of it. If that ever happens, kiss politics goodbye.
Religião e Política
quarta-feira, outubro 3
Libertarians, por Russel Kirk
Libertarians: the Chirping Sectaries:
Any discussion of the relationships between conservatives (who now, to judge by public-opinion polls, are a majority among American citizens) and libertarians (who, as tested by recent elections, remain a tiny though unproscribed minority) naturally commences with an inquiry into what these disparate groups hold in common. These two bodies of opinion share a detestation of collectivism. They set their faces against the totalist state and the heavy hand of bureaucracy. That much is obvious enough.What else do conservatives and libertarians profess in common? The answer to that question is simple: nothing. Nor will they ever have. To talk of forming a league or coalition between these two is like advocating a union of ice and fire.
Sondagens GOP
Giuliani topped the Republican field with 34 percent, with Thompson at 17 percent and Sen. John McCain (Ariz.) at 12 percent in the new poll. Former Massachusetts governor Mitt Romney was in fourth with 11 percent but has continued to make strong showings in polls testing the crucial early contests in Iowa and New Hampshire.
Former Arkansas governor Mike Huckabee took 8 percent, his best showing in a Post-ABC poll. Rep. Ron Paul (Tex.) had 3 percent; Rep. Duncan Hunter (Calif.), 2 percent; and Sen. Sam Brownback (Kan.) and Rep. Tom Tancredo (Colo.), 1 percent.
terça-feira, outubro 2
Low Profile
A acompanhar os dados que aos poucos vão sendo divulgados: