segunda-feira, outubro 29

Royal Party


E aqui está Madame Royal em Buenos Aires a celebrar a vitória da Senadora Kirshner. Infelizmente, ou melhor felizmente, teve que viajar muitos quilómetros para festejar a vitória de uma candidatura de esquerda.

quinta-feira, outubro 25

A visita do Czar


A demonstrar-se a recepção pomposa ao czar Putin hoje em Lisboa, não se espera uma posição forte da UE para fazer face aos interesses da Rússia amanhã em Mafra. Está na hora da UE bater o pé e mostrar a Vladimir Putin que a sua esfera de influência não pode ser o que era e que o gás não pode ser forma de chantagem política.

A instalação de um radar na República Checa e um sistema de misseis na Polónia é cada vez mais essencial, por dois motivos. Primeiro, para acabar de vez com a ideia de que a Europa de leste continua a ser uma região de influência russa (a emergência de democracias de cariz atlântico é uma dor de cabeça para o Kremlin). Em segundo lugar, porque a única forma de lidar com esta Rússia não passa por uma estratégia individual de cada estado. Putin tem a lição bem estudada de Maquiavel. Se um imperador deseja manter o seu império intacto, o essencial é que os seus vizinhos se mantenham divididos para que não o ameacem.

segunda-feira, outubro 22

Porreiro, pá!

Os Polacos afinal saíram a ganhar...

Polónia


No IHT:

Voters appeared to have ousted the prime minister, one half of Poland's wonder-twin team, in parliamentary elections on Sunday. The challenger, Donald Tusk, declared victory for his pro-business party, Civic Platform.

The prime minister, Jaroslaw Kaczynski, conceded defeat as two major exit polls showed his Law and Justice Party trailing Civic Platform by double-digit margins. His brother, Lech, will remain president and retain veto power over the presumptive new government's legislation.

With 38 million residents, Poland is the largest former communist country in the European Union. Civic Platform stands for cutting taxes and the continued liberalization of the country's economy through privatization.

Party

Uma parte da blogosfera já começa a cheirar certas coisas. Só faltou a crítica e o pedido de independência à Madeira, para ser o habitual. Essa sim, é o que deve estragar a Europa. Os Açores já são praticamente uma colónia americana, por isso bem que se podia fazer um bom preço para a Madeira. Até contribuía para a consolidação do défice...

E de facto não sei o que se passa com os nossos governantes por voltarem a escolher um mosteiro. Raio de fetiche. De facto a assinatura do tratado numa rave party, a coisa seria bem mais moderna, muito mais new age. Essa sim, seria uma autêntica New Lisbon Strategy... E que tal uma petição? Isto agora faz-se petições por tudo e por nada... Com os gémeos polacos fora do baralho, o autor e leitores do blog precisam de se entreter com alguma causa...

sábado, outubro 20

Coerência

Só ficava bem a todos aqueles que já começaram a pedir um referendo ao tratado aprovado esta semana, que no mesmo post assumissem como iriam votar.

Lufada de ar fresco

A proposta de Luís Filipe Menezes de criar uma nova constituição, revela que afinal posso ter subestimado o líder do PSD. A verdade é que tendo em conta as suas recentes propostas, Menezes não começa nada mal.

segunda-feira, outubro 15

Confirmação (2)

Luís Filipe Menezes poderá ter optado pela estratégia mais fácil, isto é, não entrar em conflito com Santana quanto à bancada, prevendo os problemas que poderia enfrentar. Preferiu uma solução de compromisso.

O ex-PM já mostrou que está de regresso e acabou-se a história do "andar por aí". Só resta saber até quando se vai aguentar esta aparente sinergia, pois estes dois egos não sobrevivem num partido disposto a dar luta ao governo. Seja por vingança, seja pelo simples desejo de alcançar o poder.

Confirmação

O anúncio de Santana Lopes apenas confirma o que todos já sabiam. Pode não ter discursado no congresso, mas foi claramente um dos seus vencedores.

Boas Notícias

E tutti quanti, gattopardi, sciacalli e pecore, continueremo a crederci il sale della terra.

Giuseppe Tomasi di Lampedusa, Il Gattopardo, 1958


Pedro Lomba e Pedro Mexia, um regresso a dois aos blogs: Gattopardo

Muito rapidamente

Umas pequenas notas sobre algumas notícias, por falta de tempo e algum cansaço.

sexta-feira, outubro 12

Quizz :Nobel da Paz


O que tem Al Gore em comparação com os monges budistas da Birmânia?


1. Fundou uma Eco-religião.

2. Defrontou George W. Bush.

3. Ganhou um Emmy.

4. Veste Armani.

Al Gore


Andreï Illarionov, antigo conselheiro económico do presidente russo Vladimir Putin: “A pior escolha de toda a história, pela deformação e falsificação de forma violenta dos conhecimentos sobre o ambiente”. (AFP)

quinta-feira, outubro 11

A diferença entre um anúncio eleitoralista e uma efectiva liberalização do ensino

Reproduzo aqui o comentário que deixei n'O Insurgente, a propósito deste post do André Azevedo Alves:


“Quanto à primeira questão, a única forma de a resolver seria liberalizar completamente o sector da saúde, a começar pela formação. Sendo permitida a criação de novas faculdades de medicina e eliminadas (ou pelo menos substancialmente reduzidas) as barreiras de entrada na profissão, caminharíamos gradualmente para uma situação em que os fortíssimos bloqueios actualmente existentes à oferta seriam levantados e acredito (embora não o possa garantir) que o número de novos médicos aumentaria muito substancialmente.”

A ser verdade que existe uma substancial falta de médicos em Portugal, esta estratégia daria frutos a médio prazo. É preciso não esquecer que uma licenciatura em medicina não é suficiente para iniciar a prática clínica. A especialização, que ocorre exclusivamente no SNS, é indispensável para a formação de médicos.

O que tenho criticado no anúncio do ministro, é o aumento abrupto das vagas sem qualquer explicação de como se processará a educação dos profissionais. Nos últimos anos, as diversas faculdades têm aumentado significativamente as vagas, estando no limite das suas capacidades. Para a maioria dos alunos dos primeiros anos, as dificuldades de aprendizagem são notórias, devido à falta de infraestruturas necessárias para um número elevado de alunos.

Em segundo lugar, o ministro não deu qualquer pista no sentido de haver uma efectiva liberalização o sector do ensino da medicina. Daí as minhas críticas. A ser anunciada tal medida, em que a abertura de mais vagas estará exclusivamente em faculdades privadas, nada tenho contra. Nas actuais universidades é simplesmente insustentável. É a qualidade destes profissionais que está em jogo, nada mais.

“- As elevadíssimas (e completamente injustificáveis) médias de entrada em todos os cursos de medicina;”

Eu sinceramente não compreendo o “injustificável”. Dada a enorme procura, não é normal as médias de entrada serem essas? E nem vou me pronunciar sobre a quantidade de pessoas que encontram formas de contornarem os concursos normais, através de contingentes.

“A questão não é saber quantos médicos o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai absorver. O objetivo do SNS é dar saúde aos portugueses, não é dar emprego aos médicos.”

É óbvio que concordo. Nunca disse o contrário, embora muitos tenham entendido como tal. O que escrevi foi simples: dado o modelo vigente no nosso país, em que o SNS é o grande responsável pela acção médica, caso este tenha um défice de profissionais, o estado deve ser responsável por contratar mais. Apenas caso se verifique um défice, obviamente. E tive o cuidado de afirmar que isto é de acordo com o actual modelo, pois como o André bem sabe, já escrevi sobre uma possível reforma deste modelo em dois artigos na Dia D.

“- A necessidade de recorrer à contratação de médicos estrangeiros;”

A contratação de médicos estrangeiros não é nada de outro mundo. Vejamos, se existe um sistema nacional de saúde em que nem todos os profissionais lá trabalham, vamos ter duas realidades. Se vários profissionais decidem não trabalhar no SNS, o sistema terá que procurar recursos para colmatar esse défice, daí a contratação de médicos de outras nacionalidades. Ora isso não é um indicador de falta de médicos, pelo menos na minha perspectiva. É um indicativo de falta de médicos no interior do SNS, pois não está preparado para cativar esses profissionais no sector público. E sobre isto falei no meu artigo sobre uma efectiva remodelação do SNS.

“- Os elevados preços dos serviços médicos no mercado português quando comparados com os de outros serviços.”

Por último, embora a escassez pudesse ser uma razão perfeitamente plausível para este facto, julgo que talvez exista um factor bem mais importante: o bom lobby que é a Ordem dos Médicos.

quarta-feira, outubro 10

Notas sobre o debate republicano de ontem


Por Robert Novak:

Conservative voters hoping former Sen. Fred Thompson (R-Tenn.) would be a Reaganesque white knight were likely disappointed by Thompson's performance in his first debate. He took the safe route on nearly every answer, including endorsing the Bush Administration's current policies on Iraq and ethanol subsidies. Needing to distinguish himself, he didn't.

Two months out, former Massachusetts Gov. Mitt Romney (R) maintains his leads in Iowa and New Hampshire polls, and one recent South Carolina poll showed Romney ahead. As other candidates begin to compete with Romney for paid media, will these leads evaporate?

Former New York City Mayor Rudy Giuliani (R) has become perhaps the best performer in the field and was excellent in Tuesday's debate. But he still faces deep trouble on the right wing of the party.

Rep. Ron Paul (R-Tex.) remains an odd phenomenon: He equaled Sen. John McCain (R-Ariz.) in fundraising, he does very well in most straw polls and he draws the loudest applause at the presidential debates. His base is very motivated, and it is ideologically diverse. Still, he barely registers in polls. His limited-government message is far more consistent than that of the other candidates, who push ethanol and farm subsidies. His anti-nation-building stand could have broad appeal, but he wanders off into monetary policy and foreign policy tangents. The threat to the GOP: An independent Paul candidacy is all the more real after he refused to pledge support of the nominee.

terça-feira, outubro 9

Discussões a acompanhar na Atlântico

A propósito deste meu post sobre o aumento do número de vagas em Medicina, gerou-se uma interessante discussão aqui e também aqui. E já voltei a escrever sobre o tema hoje, aqui. Uma boa troca de ideias a acompanhar.

segunda-feira, outubro 8

Atlântico




Não há paciência para as virgens de esquerda que andam aos gritos com a última capa da Atlântico. Esta é efectivamente uma grande capa.

domingo, outubro 7

Bicefalia


O regresso de Pedro Santana Lopes como líder da bancada parlamentar do PSD, seria o primeiro grande erro de Luís Filipe Menezes. É verdade que Santana já mostrou que deseja o lugar e a bancada que ele próprio escolheu nas últimas legislativas anseia pelo seu regresso à tribuna. Não está em causa o bom papel que Santana Lopes eventualmente faria, mesmo tendo como handicap ter sido o péssimo Primeiro-Ministro que foi. O grande perigo, é o PSD ter duas personalidades que vão disputar o tempo de antena do PSD, criando uma liderança bicéfala. Não me parece que esta seja a melhor estratégia para que a liderança de Menezes se venha a impor no eleitorado.

sábado, outubro 6

Overheard in the Office (7)


Attorney #1: You know David*, the blind prosecutor downtown?
Attorney #2: He's the one who always gets the young, hot assistants, right?
Attorney #3: I don't care what anyone says, that son of a bitch can see.

300 West Main Street
Louisville, Kentucky

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (6)


Electrician: I think I may have made a mistake.
Owner of office: Ya think so? What gave it away, the flames?

528 Newtown Road
Virginia Beach, Virginia

Overheard by: Mike

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (5)

12PM If the Goal Is to Go Home at Five, Then You're on the Right Track

Employee: Someone just called me. They said, "Hello," and asked if I could help them because they had a question. I didn't know what to do, so I said, "No," and hung up. Was that okay?
Boss: I guess that's one way of handling it.

US Patent and Trademark Office
Alexandria, Virginia

Overheard by: Why Me?

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (4)

First-grade teacher: CHARLES! Give me those! Those are NAILS! Nails are unsafe and do not belong in your hands.
Student: Pshhh, unless you're JESUS!

New York, New York

Overheard by: i want to adopt this kid

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (3)


Heated caller: So let me understand this: if I die, I get $100,000?
CSS rep: No. If you pass, your beneficiary will receive $100,000.
Heated caller: But it is my money. I am paying the premium for it. I should be able to get my money. Why can't I have my money?!
CSS rep: Because you will be dead, ma'am.
Heated caller: That's ridiculous. I want to speak with a manager.

1 Sartan Way
Merrimack, New Hampshire

Overheard by: CSS Nightmare

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (2)

12PM Kindly Do Not Demonstrate

Woman
: So if you've never done it before, it's going to hurt the first time and maybe even bleed a bit.
Man: Uh huh.
Woman: So don't be afraid. You should try it. It's definitely worth it.

Other people in elevator shuffle uncomfortably.

Woman: Um...So flossing is crucial to good dental hygiene.

Elevator
Houston, Texas

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (1)


Applicant, explaining multi-year gap in employment history: I got sent to jail for stabbing a guy twelve times, but it was bullshit.
Manager: Oh yeah?
Applicant: Yeah. I only stabbed him six times; I just had two knives in my hand. It was bullshit.
Manager: Hmm. I see.

Indianapolis, Indiana

via Overheard in the Office

quinta-feira, outubro 4

Religião e Política (2)

When you say “radical right” today, I think of these moneymaking ventures by fellows like Pat Robertson and others who are trying to take the Republican Party and make a religious organization out of it. If that ever happens, kiss politics goodbye.
Barry Goldwater

Religião e Política

Tenho que confessar que me irrita bastante os ataques que Giuliani tem recebido por partes de vários bispos católicos americanos. Dado que é o único republicano na corrida para a nomeação presidencial assumindo-se como pro-choice, já foram dois os bispos que criticaram abertamente a posição de Giuliani. Se é verdade que como bispos possuem a responsabilidade de defenderem a doutrina católica, também é verdade que se impõe que sejam imparciais nas críticas que fazem e a quem fazem.

Com candidatos democratas católicos, assumidamente pro-choice, favoráveis à utilização de fundos públicos para o financiamento de abortos (Giuliani é contra) e contra a recente decisão do Supremo de banir o partial-birth abortion (Giuliani aplaudiu a decisão), por que razão o republicano é o alvo preferencial?

O "silêncio" por parte da maioria dos bispos católicos com John Kerry, diz muito sobre como alguns sectores religiosos ainda consideram o Partido Republicano como o seu feudo, comparativamente com os democratas. Esta distorção religioso-política é perigosa e insustentável, e na minha opinião deveria constituir um motivo de vergonha para políticos e católicos.

quarta-feira, outubro 3

O novo livro de Ann Coulter


Libertarians, por Russel Kirk

A propósito da discussão sobre Ron Paul e a clivagem Libertários e Conservadores, por sugestão do HO li este interessante ensaio de Russel Kirk que agora recomendo:

Libertarians: the Chirping Sectaries:


Any discussion of the relationships between conservatives (who now, to judge by public-opinion polls, are a majority among American citizens) and libertarians (who, as tested by recent elections, remain a tiny though unproscribed minority) naturally commences with an inquiry into what these disparate groups hold in common. These two bodies of opinion share a detestation of collectivism. They set their faces against the totalist state and the heavy hand of bureaucracy. That much is obvious enough.

What else do conservatives and libertarians profess in common? The answer to that question is simple: nothing. Nor will they ever have. To talk of forming a league or coalition between these two is like advocating a union of ice and fire.

Sondagens GOP

No Washington Post:

Giuliani
topped the Republican field with 34 percent, with Thompson at 17 percent and Sen. John McCain (Ariz.) at 12 percent in the new poll. Former Massachusetts governor Mitt Romney was in fourth with 11 percent but has continued to make strong showings in polls testing the crucial early contests in Iowa and New Hampshire.

Former Arkansas governor Mike Huckabee took 8 percent, his best showing in a Post-ABC poll. Rep. Ron Paul (Tex.) had 3 percent; Rep. Duncan Hunter (Calif.), 2 percent; and Sen. Sam Brownback (Kan.) and Rep. Tom Tancredo (Colo.), 1 percent.

terça-feira, outubro 2

Low Profile



A acompanhar os dados que aos poucos vão sendo divulgados:

After nearly a month of official silence, Israel confirmed on Tuesday that its air force carried out a strike inside Syrian territory on Sept 6.

segunda-feira, outubro 1

Conversa (ao jantar)

A razão para a China estar a desenvolver-se mais rapidamente que a Índia, é porque nesta os comunistas ainda fazem parte do governo.

Putin


O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que vai liderar as listas do partido Rússia Unida às próximas legislativas, agendadas para Dezembro, e admitiu mesmo assumir a chefia do Governo que sair das eleições.

Putin sai da Presidência e passa a Primeiro-Ministro. Uma mudança de gabinete apenas, já que as decisões continuarão a ser ditadas por ele. A poderosa máquina estatal que anda a construir desde 1999, ao velho estilo soviético, continuará dependente de si. Da Rússia, pouco parece mudar, a não ser para um regresso a velhas épocas.

Orange revolution


Na Reuters:

Tymoshenko, newly reconciled with the president after a period of estrangement, had declared victory on the basis of exit polls within hours of polling stations closing.

She predicted an "orange" government -- together with Our Ukraine party -- within weeks.

With 89 percent of votes counted, the Regions Party had 33.4 percent, boosted by 5.3 percent for its Communist allies.

The Tymoshenko bloc stood at 31.3 percent, with a further 14.6 percent for Our Ukraine.

Da gargalhada "Clinton"


Is Hillary Clinton the New Old Al Gore?, por Frank Rich:

Now Mrs. Clinton is erupting in a laugh with all the spontaneity of an alarm clock buzzer. Mocking this tic last week, "The Daily Show" imagined a robotic voice inside the candidate's head saying, "Humorous remark detected — prepare for laughter display." However sincere, this humanizing touch seems as clumsily stage-managed as the Gores' dramatic convention kiss.