domingo, setembro 30

Christan Conservatives and Giuliani

No New York Times:

Alarmed at the chance that the Republican party might pick Rudolph Giuliani as its presidential nominee despite his support for abortion rights, a coalition of influential Christian conservatives is threatening to back a third-party candidate in an attempt to stop him.

(...)

A revolt of Christian conservative leaders could be a significant setback to the Giuliani campaign because white evangelical Protestants make up a major portion of Republican primary voters. But the threat is risky for the credibility of the Christian conservative movement as well. Some of its usual grass-roots supporters could still choose to support even a pro-choice Republican like Mr. Giuliani, either because they dislike the Democratic nominee even more or because they are worried about war, terrorism and other issues.

In recent polls by the Pew Research Center, Mr. Giuliani has received a plurality of support from white evangelical Protestant voters despite a rising chorus of complaints from Christian conservative leaders about his liberal views on social issues and his unconventional family life. Some players in the movement not present at the meeting may be open to Mr. Giuliani as the lesser of two evils.

British politics - Taxman Gordon


sábado, setembro 29

Newt Gingrich


Nestas últimas semanas comecei a ficar entusiasmado com a possível candidatura do ex-Speaker, Newt Gingrich, para a nomeação republicana. Tendo acompanhado alguns dos seus discursos e várias entrevistas suas na Fox News, a propósito da campanha para a nomeação presidencial do GOP, achei-o com ideias muito mais motivantes e interessantes, embora não concorde integralmente com ele em certos temas, do que o candidato que neste momento acho mais capaz de liderar a América - Rudy Giuliani.

Foi com pena que tomei conhecimento que Gingrich, o arquitecto da revolução republicana no Congresso, não vai avançar para a nomeação. Depois da entrada de Thompson se ter revelado uma completa desilusão, estava convicto que Gingrich iria avançar. Com pena minha, estava enganado. O ex-Speaker continua a ser uma excelente escolha como VP, tanto pela sua experiência em fazer frente aos Clinton, bem como o facto de pertencer ao Sul (Georgia) poder ajudar a conservar o domínio do GOP nessa zona. Um ticket Giuliani/Gingrich seria o ideal, mas reconheço que será muito pouco provável.

Menezes (III)


Depois de uma campanha interna pobre, cheia de acusações e insinuações, as bases do PSD escolheram o candidato que uma oposição mais dura fará a este governo e que coloca em xeque a vitória que era dada como garantida a José Sócrates em 2009.

O estilo populista de Luís Filipe Menezes, o seu desejo de vencer por vencer e o seu discurso demagógico de ocasião não vão resgatar o PSD da sua crise. Mais do que nunca, este PSD vai procurar o eleitorado de esquerda descontente com José Sócrates.

As bases do PSD não me parecem muito entusiasmadas com Menezes. Não me parece que estejam à espera de vislumbrar que esta nova liderança marque um rumo de credibilidade e de verdadeira alternativa à do executivo no poder. Mas as bases estão certamente descontentes com a reputação que Sócrates e a restante máquina socialista incutiu no seu partido. A vitória de Menezes é o reflexo disso mesmo.

Menezes (II)

A derrota de Marques Mendes vai marcar uma pequena revolução na elite do PSD. Os "notáveis", cujo o apoio a Mendes foi apenas motivado pelo mero calculismo de ser um fraco candidato de transição, vão agora encontrar uma máquina que começará a ser remodelada por Menezes e onde são vistos como outsiders.

Se para estes "notáveis" a meta de 2009 poderia ser vista como uma preparação para uma época de adaptação interna, para enfrentar um PS desgastado e demasiado personalizado, as coisas alteram-se radicalmente.

A arrogância e a indiferença pela luta política destes "barões" do PSD, foram um dos factores que conduziram à derrota da candidatura que apoiavam. As bases mostraram que não aceitam um partido de oráculos.

De uma forma geral, as elites e as bases vão sofrer com esta eleição. Se os primeiros terão que aprender que não são nenhuns iluminados, as bases vão compreender que a escolha desta liderança não vai trazer ao partido a credibilidade que já granjeou. Pelo contrário, parece-me que não tarda nada e vai haver um aparente dejá vu.

Coisas Fascinantes

Francisco Louçã considerou hoje que a vitória de Luís Filipe Menezes, demonstra a vulnerabilidade do nosso sistema político ao populismo. E a representação do BE no parlamento não revela mais ou menos o mesmo?

Menezes (I)

Luís Filipe Menezes foi eleito líder do PSD. Esperam-se mudanças sérias no partido, tendo em conta a ruptura de estilo que vai marcar a nova direcção. Mas antes de tudo isso, será interessante observar como se posicionam e reagem determinadas personalidades e sectores sociais-democratas.

quarta-feira, setembro 26

Exemplar

A atitude de Santana Lopes na SIC-Notícias.

Liberalização dos horários do comércio

Pela Liberalização Total dos Horários do Comércio, por Miguel Frasquilho.

É, pois, tempo de, em Portugal, nos deixarmos de preconceitos ultrapassados e de nos adaptarmos aos tempos que vivemos. E de não cercear a liberdade de iniciativa económica nem diminuir a liberdade individual do consumidor.

Deprimente


O espectáculo degradante que rodeia as eleições directas no PSD continua a hipotecar a pouca credibilidade que resta ao partido. Cada vez é mais claro que independentemente do vencedor nestas eleições, o PSD sairá um partido fragmentado, reduzido a várias facções e com inúmeras personalidades social-democratas a prestarem vassalagem a José Sócrates nos próximos tempos. Neste momento, não há quem consiga imaginar este partido capaz de governar Portugal, a não ser alguém num estado completamente psicótico.

O exercício do poder é o grande motivador da política em Portugal. Isso explica bem, porque razão é difícil fazer oposição no nosso país. Nunca existiu uma tradição de uma oposição forte e coerente no nosso sistema político, com um programa alternativo ao do governo. O Adolfo Mesquita Nunes resumia uma parte do problema da oposição portuguesa de forma simples: existe falta de sombra em Portugal.

Ao mesmo tempo, a discussão de ideias sobre qual deveria ser o rumo do partido, da oposição, e consequentemente de um futuro executivo, é colocada numa posição secundária em prol do debate sobre qual a melhor lista dos "notáveis" e "barões" do partido e sociedade. A procura destes oráculos, revela bem como o exercício da política não é mais do que um swing de um concílio de iluminados, que aguardam pela sua vez para tomarem as rédeas do poder. A dimensão do nosso país contribui para este clima de partilha de poder e de "amizades" políticas.

A actual situação no PSD é o reflexo do nosso sistema político. Como bem referiu JPP, o problema não reside apenas no PSD, mas também no PS. O facto de todos os holofotes estarem a apontar para José Sócrates, fomenta uma falsa ilusão do problema, mas ele existe. E a seu tempo, também o PS terá que lidar com o problema.

Só uma última nota. Com o show populista, socialista e sensacionalista de Menezes, quem me diga que apoia este último pela simples razão de fazer "melhor oposição" ao governo, concluo que todos esses simpatizantes vêm na oposição um mero instrumento de assalto ao poder e de irresponsabilidade política.

segunda-feira, setembro 24

Prioridades


No Público:

José Sócrates discursa hoje na abertura da conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, na qualidade de presidente em exercício da União Europeia (UE), para sublinhar que os objectivos pós-Protocolo de Quioto devem ser quantificados e de cumprimento obrigatório.

"A UE quer começar a desenhar já um quadro para um acordo global pós-Quioto em 2012. Se houver uma contribuição de outros países, a UE está disponível para reduzir as emissões de dióxido carbono em 30 por cento até 2020", disse Sócrates.

Resta saber quais são os outros países. EUA apenas? Ou a China também entra na lista? E se os EUA dependerem o seu apoio de um compromisso chinês? É que não parece que os chineses estejam particularmente entusiasmados em colocar em segundo plano o seu desenvolvimento económico, em prol de um acordo de alterações climáticas.

GOP 2008

Sondagens:


Sept. 16

Sept. 8

Aug. 16

Rudy Giuliani

30%

34%

32%

Fred Thompson

22%

22%

19%

John McCain

18%

15%

11%

Mitt Romney

7%

10%

14%

Weeds


Não são muitas as séries que entram na terceira temporada, com uma qualidade igual ou superior à da estreia. Este Weeds, que acompanho religiosamente há alguns meses, consegue essa proeza. Para aqueles que ainda não conhecem aquela que é, na minha opinião, uma das melhores séries actualmente em exibição, aqui fica a sugestão.

quinta-feira, setembro 20

quarta-feira, setembro 19

Tudo em prol das criancinhas...


O socialismo é bonito:

President Hugo Chavez wants Venezuelan clocks turned back half an hour and he wants it done in record time -- next Monday.

"I don't care if they call me crazy, the new time will go ahead, let them call me whatever they want," Chavez said on his weekly TV show. "I'm not to blame. I received a recommendation and said I liked the idea."

The shift will allow children to wake up for school in daylight instead of before sunrise, Chavez said.

Na Reuters.

terça-feira, setembro 18

Cada vez mais claro...

Os polacos estão determinados a estragar o caldinho da presidência europeia. Ainda com o problema do Tratado Reformador por resolver, a Polónia volta a estragar a fotografia com a sua oposição ao Dia Europeu contra a Pena de Morte. O executivo português deve andar a torcer pela oposição nas próximas legislativas polacas, agendadas para Outubro.

A minha previsão do debate

Na SIC Notícias, dois políticos vão tentar ganhar votos com várias trocas de acusações, para que um deles possa chegar a 2009 e seja derrotado por José Sócrates.

Irão (2)

Coisas Simples, por FCG:

Em assuntos internacionais, há um princípio simples: o poder militar não serve de nada se não houver a intenção de o utilizar. Por outras palavras: sem a disponibilidade credível para utilizar um instrumento de poder, ele deixa, em sentido próprio, de se constituir como componente de poder.

segunda-feira, setembro 17

Irão


O Ministro dos Negócios Estrangeiros Francês, o socialista Bernard Kouchner, já deu a entender que a França está de regresso ao palco internacional, sem qualquer tema tabu. Depois do discurso de Sarkozy a delinear a sua política externa, Kouchner demonstra que o governo francês compreende bem o que está em jogo, no que diz respeito às ambições nucleares do Irão.

domingo, setembro 16

A estratégia Sarkozy


"If you don't represent real change, you just gave away the 2008 election," said former House Speaker Newt Gingrich, who led the Republican takeover of the House of Representatives in 1994 and now is flirting with a White House run.

"Now that may or may not make the White House happy. But I think that's the whole point about making a clean break," Gingrich told a group of reporters over breakfast.

He added: "I believe for any Republican to win in 2008 they have to ... offer a dramatic, bold change. If we nominate somebody who has not done that, they get to be the nominee but there is very, very little likelihood that they can win."

Na Reuters.

sexta-feira, setembro 14

Anti-Roe and Pro-Rudy


Uma opinião interessante, onde o autor argumenta porque razão os opositores de Roe vs Wade devem apoiar a candidatura do único republicano pro-choice.

To the disbelief of the political class, Rudy Giuliani still leads the polls in the race for the Republican nomination for president. Mike Huckabee, John McCain, Mitt Romney and Fred Thompson seem unable to compete with conservative affection for a thrice-married, twice-divorced, socially liberal New Yorker.

Perhaps I can help alleviate the pundits’ bafflement. I am a fervent pro-lifer, and I like Rudy Giuliani. And it’s not because, as some suggest, I think national security is more important than abortion. I think Mr. Giuliani will be the most effective advocate for the pro-life cause precisely because he is unreligious and a supporter of abortion rights.

A propósito da experiência de Mrs. Clinton


There's a strange debate dominating the Democratic campaign so far. Hillary Clinton's calling card seems to be the experience that she possesses and that Barack Obama lacks.

(...)

Mrs. Clinton has only been in the Senate for one term, not much more than Obama has. And Obama served in the state legislature before that, which Hillary never did. The only experience she has that Obama lacks is that she married a guy who was elected president and, as a result, got to live and work in the White House.

And that's the difficulty.

The idea that spouses gain qualifications through their partners' jobs is a radically new idea in this country. And no one seems to be debating it -- at least not publicly. It's not really about Hillary per se. We don't name CEO spouses the next head of the company when their partner steps down, any more than we let the wives or husbands of doctors perform brain surgery because they happen to be married to someone who does.

Desilusão



David Cameron was last night embroiled in a growing row over his support for a Tory commission advocating higher "green" taxes on motoring, domestic flights and home improvements.

The Quality of Life Policy Group, set up by Mr Cameron to help the fight against climate change, also proposed a tax on workplace car parking spaces, a halt to airport growth, a tax on gas-guzzling 4x4s and restrictions on car advertising. One of the most controversial ideas would require home-owners to pay to make their property greener if they increased their carbon footprint with a conservatory, extension or loft conversion.

Despite the commission recommending measures that would appear to penalise the lifestyles of traditional Tory voters, Mr Cameron embraced its findings, saying that much of it would be included in his next election manifesto.

No Telegraph.

quinta-feira, setembro 13

Chinatown



A propósito da recente proposta de Maria José Nogueira Pinto de deslocar todas as lojas chinesas para o Martim Moniz, lembrei-me de um Prós e Contras onde a ex-dirigente do CDS se insurgia contra a formação de guetos nas cidades e defendeu entusiasticamente a incorporação das minorias por toda a cidade. É verdade que o tema eram os distúrbios nos subúrbios de Paris, mas não deixa de ser uma recordação interessante na minha opinião.

Tempestade


Confesso que não percebo a tempestade que se anda a criar nos media, pelo facto do Dalai Lama não ser recebido por nenhum membro do executivo. Segundo li, o Dalai Lama será recebido pelo Presidente da AR e por uma comissão de deputados. Creio que a nível político, esta delegação é mais que suficiente para a recepção. Ao contrário da última visita, não haverá nenhum encontro "acidental" entre o PR e o Dalai Lama, essa sim uma postura ridícula e vergonhosa. E corrijam-me se estou enganado, mas entre a lotação esgotada do Pavilhão Atlântico e Belém, não acho que o próprio Dalai Lama esteja propriamente a lamentar a indisponibilidade do governo português.

Regresso


Zdzisław Beksiński


Passados quase dois meses desde o início da minha "pausa", decidi regressar a este espaço e ao Blog da Revista Atlântico. A interrupção foi um pouco abrupta, e por motivos pessoais, a motivação para voltar ao comentário não era suficientemente forte. Não me separei das notícias que circularam neste tempo que estive ausente e espero nos próximos tempos escrever algumas notas sobre alguns acontecimentos que julgo terem sido importantes.

Já há algum tempo que escrevo neste meio, e pela primeira vez apercebi-me verdadeiramente como este espaço pode ser influenciado pelas circunstâncias da nossa vida pessoal. O facto de um blog estar tão presente na nossa rotina, de nos proporcionar o prazer de expor as nossas opiniões, partilhá-las e discuti-las com diversas pessoas, pode adquirir uma forte componente pessoal.

Não há datas, nem circunstâncias perfeitas para um regresso ideal. A espera acalenta a possibilidade de um regresso pujante, de ruptura, mas este não é mais que um exercício de fé. Um regresso é um regresso. A mudança requer mudança, como refere o novo lema de Gingrich. Mesmo não recuperado na totalidade, este espaço constrói-se aos poucos, tal como o seu autor.