Tempestade
Confesso que não percebo a tempestade que se anda a criar nos media, pelo facto do Dalai Lama não ser recebido por nenhum membro do executivo. Segundo li, o Dalai Lama será recebido pelo Presidente da AR e por uma comissão de deputados. Creio que a nível político, esta delegação é mais que suficiente para a recepção. Ao contrário da última visita, não haverá nenhum encontro "acidental" entre o PR e o Dalai Lama, essa sim uma postura ridícula e vergonhosa. E corrijam-me se estou enganado, mas entre a lotação esgotada do Pavilhão Atlântico e Belém, não acho que o próprio Dalai Lama esteja propriamente a lamentar a indisponibilidade do governo português.
2 comentários:
Viva Bruno,
Fico contente com o teu regresso.
A visita de Dalai Lama a Portugal é embaraçosa por dois motivos: 1) Porque a questão não é por quem é recebido mas sim quem o pode receber, ou seja, compreendo que pode não se justificar encontros oficiais com o PR e o PM mas, caso estes o quisessem, poderiam fazê-lo sem consequências que não estavam dispostos a ter?; 2) Porque é a aceitação que o jogo económico tem mais peso que as convicções.
Posto isto, e sabes perfeitamente as críticas que fiz ao mandato de Jorge Sampaio enquanto Presidente julgo que a sua posição, na altura, não é menos dignificante que a do actual PR.
Abraço,
Ricardo,
Antes de mais obrigado. Quanto aos teus pontos:
Pessoalmente não acredito que a recepção por parte de um membro do governo ao Dalai Lama levantasse um enorme incidente diplomático, mas muito sinceramente, dado que não existe uma necessidade urgente em receber o Dalai Lama, não vejo porque razão vamos estar a correr riscos desnecessários, numa altura em que a nossa diplomacia está bastante ocupada com a presidência.
Quanto à comparação com Sampaio, eu não sei se vou tão longe. O que apenas digo é que ou recebe-se plenamente ou não. E neste caso, embora não o justifique, acho mais coerente a posição de Cavaco Silva.
Abraço
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