quinta-feira, julho 12
Já estou mais ou menos habituado a certas respostas que começam logo com o rótulo. Porém, confesso que foi uma estreia ter sido acusado de pertencer à direita neoconservadora portuguesa e de ter um blog comunista, tudo pelo mesmo post. O que está a dar, é mesmo dois em um.
Liga de Blogs Anti-Polónia (2)
Foi interessante, para não dizer hilariante, ver algumas das respostas ao meu post em que sugeria ironicamente a formação de uma Liga de Blogs Anti-Polónia. Antes de mais, gostava de esclarecer e reafirmar, que o meu post retratava apenas as posições que a Polónia tem vindo a assumir nos diversos conselhos Europeus, em que muitos blogs nem sequer discutem a pertinência das posições da Polónia, veiculando de imediato diversas mensagens contra as suas posições, quase como um ódio pessoal à coligação no regime.
Eu nunca afirmei que existem países passíveis de crítica, mas que parece existir alguma preferência por alguns, isso parece-me. Sobre as recentes posições da França nos últimos conselhos europeus, parece existir um silêncio sepulcral na blogosfera.
Eu nunca afirmei que existem países passíveis de crítica, mas que parece existir alguma preferência por alguns, isso parece-me. Sobre as recentes posições da França nos últimos conselhos europeus, parece existir um silêncio sepulcral na blogosfera.
terça-feira, julho 10
Liga de Blogs Anti-Polónia
Tendo acompanhado a campanha que já há algum tempo habita na blogosfera sobre as posições que a Polónia assumiu para defender o seu país na UE, eu sugeria a certos blogs que assumissem verdadeiramente as suas ideias e promovessem uma liga de Blogs Anti-Polónia. Desta forma, seria mais fácil compilar todos os textos contra essa vil nação. Não interessa o que defendem os gémeos, e muito menos discutir se as respectivas exigências sejam legítimas ou não.
Aproveito ainda a oportunidade para informar a "Liga", caso ainda não tenham conhecimento, que a coligação no poder não sucumbiu, como ontem parecia ter acontecido. Afinal, os parceiros chegaram a acordo, pelo menos por algum tempo. Mas não se preocupem, quem espera sempre alcança, já diz o velho ditado.
segunda-feira, julho 9
Strauss-Kahn
Confesso que não consegui evitar um sorriso quando soube que Nicolas Sarkozy irá propor o nome de Dominique Strauss-Kahn para liderar o IMF (International Monetary Fund), justificando para tal a sua competência e credibilidade, algo que obviamente concordo. Convém não esquecer é que caso DSK aceite o cargo (e seja aprovado pelos restantes países), o segundo político socialista mais popular actualmente em França é afastado da cena política e o PS ficará ainda mais fragilizado. Obviamente Sarkozy tem acima de tudo a preocupação com o funcionamento das instituições. Se isso vier com um bónus, ainda melhor...
Red Lines
Gordon Brown, depois do encontro que teve com José Sócrates, afirmou que não colocará o novo tratado a referendo. Para justificar tal decisão, afirmou que este último não iria colocar em causa as várias "red lines" traçadas por Brown, que indicam as várias competências que devem ser controladas por Londres.
Em Portugal, porém, uma grande maioria de pessoas já se manifestou a favor da convocação de mais um referendo. Começou-se por afirmar que já é hora dos portugueses serem consultados acerca da União Europeia, mesmo que o tratado seja semelhante a todos os outros que Portugal assinou, e que na altura, todos pareciam estar de acordo em como não seria necessário um referendo. Mas as coisas evoluem. Agora, a nova sensação é que o tratado deve ser referendado pois coloca em causa diversas matérias, tal como aconteceu com a então falada Constituição. Não se discutem as nossas "red lines", pelo contrário. Embora o tratado ainda não esteja redigido, já todos exigem um referendo.
Eu até compreendo o rumo que as coisas estão a tomar. Caso houvesse discussão sobre as red lines, esta era uma matéria que seria discutida e votada no parlamento, como aliás faria todo o sentido. Mas aqueles que tanto criticaram o método de consulta popular para inúmeros temas, são agora dos primeiros a vir reivindicar o novo referendo.
Eu até compreendo o rumo que as coisas estão a tomar. Caso houvesse discussão sobre as red lines, esta era uma matéria que seria discutida e votada no parlamento, como aliás faria todo o sentido. Mas aqueles que tanto criticaram o método de consulta popular para inúmeros temas, são agora dos primeiros a vir reivindicar o novo referendo.
Pressão
Com o número de atentados bombistas a não dar mostras de diminuir, a pressão sobre os Republicanos no Congresso Americano é cada vez maior para alterarem a sua estratégia de apoio à Administração Bush no Iraque. O Senador Lugar deu o mote na semana passada, ao colocar em causa a estratégia, referindo que não parecia estar a dar os resultados pretendidos.
Todos compreendem que a partir do momento em que se cria um impasse num conflito como o Iraquiano, e quando é implementada uma estratégia que será avaliada em Setembro pelo Congresso, é de esperar que os ataques se intensifiquem de modo a que os resultados dessa ofensiva sejam mínimos. Mas a enorme pressão da opinião pública está a deitar por terra a pouca paciência de alguns proeminentes senadores republicanos que apoiavam Bush. Aproxima-se uma frase crítica para o Iraque. As dúvidas que começam a aparecer no Senado republicano já estão a ser levadas muito a sério tanto no Iraque como no Capitólio.
No Congresso, o Senador Reid prepara-se para apresentar nova proposta, sentindo que é capaz de ter a maioria de 60 votos necessários para conseguir uma retirada de tropas.
Entretanto no Iraque, a classe política já teme o pior. O Ministro dos Negócios Estrangeiros Iraquiano já veio avisar: "This could produce a civil war, partition of the country and a regional war. We might see the country collapse", bem como um conselheiro do PM Iraquiano: "We in Iraq believe, not just the government, but all political parties, that the presence of these forces is necessary to prevent increasing violence and to stop the country sliding into civil war".
Os democratas criticam este cenário, dando a entender que a retirada das tropas colocará a pressão necessária para que as várias facções políticas cheguem a acordo em diversos temas importantes, nomeadamente a divisão dos dividendos provenientes do petróleo, e acima de tudo, para que garantam a estabilidade do país. Será que estão mesmo dispostos a tal?
domingo, julho 8
Liberty
Aparentemente, este símbolo não foi muito apreciado durante esta noite. Neste blog, porém, a tocha permanece bem acesa.
sexta-feira, julho 6
Sondagens GOP
Jun. 27 | Jun. 6 | May 2007 | |
Rudy Giuliani | 29% | 22% | 24% |
John McCain | 17% | 15% | 17% |
Fred Thompson | 15% | 13% | 8% |
Newt Gingrich | 8% | 8% | 6% |
Mitt Romney | 8% | 10% | 9% |
quarta-feira, julho 4
Promessas
A primeira cimeira UE-Brasil, realizada hoje em Lisboa, produziu o que a União Europeia melhor sabe fazer: promessas e boas intenções. Lula da Silva deu o mote, afirmando-se esperançoso que seria possível chegar à acordo nas negociações de Doha. O objectivo é eliminar qualquer barreira ao comércio livre, acabando com os generosos subsídios estatais que os países ricos fornecem a muitos dos seus produtos, na sua grande maioria agrícolas, e que desta forma impossibilitam uma justa concorrência e a possibilidade de países menos favorecidos conseguirem competir num mercado global.
A grande dor de cabeça da UE, ou melhor, do senhor Peter Mandelson, é a França e a meia-dúzia de agricultores franceses, que sugam 47% do orçamento comunitário para a famigerada PAC. Os EUA também não são inocentes, mas a intransigência da França torna qualquer negociação impossível. Se alguns manifestavam alguma esperança que esta situação terminasse com a eleição de Sarkozy, desenganem-se meus caros. Em matéria agrícola e de de subsídios chorudos, Chirac ainda está no Eliseu. E com tudo isto, José Sócrates repete a lengalenga que nos apresenta à dois anos: É preciso mais "justiça" e "equilíbrio". Só faltou a confiança e acima de tudo um "choque". A ronda de Doha agradecia...
A grande dor de cabeça da UE, ou melhor, do senhor Peter Mandelson, é a França e a meia-dúzia de agricultores franceses, que sugam 47% do orçamento comunitário para a famigerada PAC. Os EUA também não são inocentes, mas a intransigência da França torna qualquer negociação impossível. Se alguns manifestavam alguma esperança que esta situação terminasse com a eleição de Sarkozy, desenganem-se meus caros. Em matéria agrícola e de de subsídios chorudos, Chirac ainda está no Eliseu. E com tudo isto, José Sócrates repete a lengalenga que nos apresenta à dois anos: É preciso mais "justiça" e "equilíbrio". Só faltou a confiança e acima de tudo um "choque". A ronda de Doha agradecia...
Diz que é uma espécie de Parlamento
A Vice-Presidente da Comissão Europeia, Margot Wallström, esteve perante a Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus. A dita comissão é constituída por 33 deputados, mas presentes apenas estiveram quatro (três do PS e um do PSD). Pelo que li no Público, existiam alguns (uns 3/4) que não tinham mesmo oportunidade de ir, apresentando a respectiva justificação. E então os restantes? Assim vai o interesse pela Europa no nosso parlamento...
terça-feira, julho 3
Bonding Jog
A imprensa europeia anda obcecada com o jogging dos políticos:
President Sarkozy has fallen foul of intellectuals and critics who see his passion for jogging as un-French, right-wing and even a ploy to brain-wash his citizens.
(...)
Is jogging right wing?” wondered Libération, the left-wing newspaper. Alain Finkelkraut, a celebrated philosopher, begged Mr Sarkozy on France 2, the main state television channel, to abandon his “undignified” pursuit. He should take up walking, like Socrates, Arthur Rimbaud, the poet, and other great men, said Mr Finkelkraut.
“Western civilisation, in its best sense, was born with the promenade. Walking is a sensitive, spiritual act. Jogging is management of the body. The jogger says I am in control. It has nothing to do with meditation.”
Mr Sarkozy’s habit infuriates his critics – and some supporters – because he flaunts it so hard. Le running du Président, often clad in his favourite NYPD T-shirt, has become a ritual, like King Louis XIV’s rides at Versailles. He has practised it at summits in Brussels and Germany and he is looking forward to a bonding jog with José Socrates, the Prime Minister of Portugal, which took over the European Union presidency this week.
(...)
Is jogging right wing?” wondered Libération, the left-wing newspaper. Alain Finkelkraut, a celebrated philosopher, begged Mr Sarkozy on France 2, the main state television channel, to abandon his “undignified” pursuit. He should take up walking, like Socrates, Arthur Rimbaud, the poet, and other great men, said Mr Finkelkraut.
“Western civilisation, in its best sense, was born with the promenade. Walking is a sensitive, spiritual act. Jogging is management of the body. The jogger says I am in control. It has nothing to do with meditation.”
Mr Sarkozy’s habit infuriates his critics – and some supporters – because he flaunts it so hard. Le running du Président, often clad in his favourite NYPD T-shirt, has become a ritual, like King Louis XIV’s rides at Versailles. He has practised it at summits in Brussels and Germany and he is looking forward to a bonding jog with José Socrates, the Prime Minister of Portugal, which took over the European Union presidency this week.
Boa Ficção
Afinal o Jornal Avante ainda é capaz de produzir artigos verdadeiramente hilariantes. Aposto que em breve existe uma adaptação ao cinema. ... (Via Blasfémias)
O Impacto de Rudy no GOP
Diz o André Azevedo Alves a propósito deste texto que recomendo:
"Mas também porque é discutível que Giuliani consiga mobilizar o eleitorado socialmente conservador, uma parcela que não era essencial há 30 anos mas que hoje (felizmente) é provavelmente imprescindível para qualquer vitória republicana."
Discordo. Embora as suas posições em temas sensíveis, como é o caso do aborto, tenham ainda um peso considerável em certas alas do eleitorado do GOP, acho um erro assumir que apenas por causa de dois temas ele não será capaz de mobilizar a ala mais conservadora.
Primeiro, porque nos restantes temas as suas credenciais conservadoras são muito fortes em relação às dos outros candidatos. Em segundo, porque esta eleição vai ser claramente atípica no GOP. Não tarda nada, Thompson será escrutinado por todas as suas posições, e a sua popularidade nas sondagens não permanecerá assim por muito tempo. Podemos até fazer uma analogia com o Giuliani. O efeito Rudy inicialmente catapultou-o nas sondagens, até que o seu pensamento foi verdadeiramente exposto. Neste momento, ele estabilizou, à volta do “seu” eleitorado. Thompson ainda possui o efeito da chegada à corrida, mas dado que em breve assume oficialmente o seu rumo, não creio que ele se mantenha a subir tão confortavelmente nas sondagens.
“Apesar das suas posições anti-conservadoras em vários domínios, tenho sérias dúvidas que Giuliani consiga conquistar votos de esquerda a Hillary.”
Nesta eleição não estão em causa os votos de esquerda de Hillary, nunca estiveram. Os independentes são a chave para a próxima eleição, e é uma realidade que neste momento as sondagens indicam que estão muito mais inclinados para Mrs. Clinton. O que é paradoxal, é preciso dizer, pois os independentes têm uma posição geralmente muito forte em temas de segurança nacional. Mas não me surpreendia que Bush e o Iraque, estejam a contribuir para tal. Desta forma, era necessário começar a incidir mais num distanciamento da actual política da Administração Bush para o Iraque, o que muitos candidatos já têm feito, mas numa escala fora do GOP.
segunda-feira, julho 2
domingo, julho 1
9/11 President?
Mr. Giuliani has been accused of playing the 9/11 card for political gain, and he did not shy from discussing his role after the terrorist attacks on that day and its effect on his worldview. But he defied the caricature of a man who intends to beat the 9/11 drum all the way to the White House.
His views on foreign and domestic policy were cogent and delivered with the take-it-or-leave-it confidence that is as refreshing to his backers as it is infuriating to his opponents, both now and when he was mayor. "Leadership," he told us, "is first figuring out what's right, and then explaining it to people, as opposed to first having people explain to you what's right, and then just saying what they want to hear."
Pragmatismo
Why Giuliani is Still the Frontrunner, por Ross Kaminsky:
While I would be (based on what I know today) equally pleased to see Rudy Giuliani or Fred Thompson as our next President, us who care about the future of our nation must keep our eye on the prize, namely winning the general election. At the end of the day, my primary vote will go to whichever of these two candidates I believe has the best chance of winning the prize. The risk to our country of another Clinton presidency is far too high to vote for a candidate who might be philosophically slightly more pure but less likely to win.
Sondagens GOP
The latest Fox News poll has Rudy Giuliani still way out ahead. Fred Thompson is two points behind John McCain. Mitt Romney is tied for fourth with Newt Gingrich:
Giuliani: 30%
McCain: 17%Thompson: 15%Gingrich: 8%
Romney: 8%Rudy's number is 7 points up from his last Fox News poll showing in early June. While that's partially random fluctuation, it matches up with other polls showing that's he's arrested his downward trend.
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