Miséria
O espectáculo de ontem que decorreu para os lados de Óbidos, revela o partido miserável em que se tornou o CDS/PP. O estado de autêntica guerra civil no interior do partido, perpetrado pelos mesmos militantes que se querem assumir como uma oposição responsável e que não hesitam em recorrer a insultos contra tudo e todos é impressionante. É deprimente ver pessoas ainda a suspirarem por um ressurgimento de uma nova direita liberal, olhando para o que ainda resta desta triste anedota.
Todos acreditavam que o regresso de Paulo Portas seria o regresso do filho pródigo. O partido, depois de uma travessia no deserto, regressaria renovado. Tretas. O partido está em cacos. O líder que eventualmente vencer o partido possuirá uma tarefa quase impossível. Depois da purga que terá de efectuar a um partido de rastos, terá que convencer um eleitorado céptico que assistiu a estes e aos próximos episódios, que este é um partido sério e disposto a governar... E não creio que os portugueses tenham assim tanta imaginação...
Eu sinceramente tenho pena de alguns militantes do partido. Como é possível ainda acreditar e estar envolvido neste show? Maria José Nogueira Pinto ameaçou ontem abandonar o partido. Louvo-lhe a ética e o bom senso. Até António Pires de Lima esteve quase certo: não, os partidos de esquerda já não se riem, sentem pena do que está a acontecer. A comédia tornou-se um drama já há algum tempo...
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