sexta-feira, novembro 30

Democracia Participativa

Texto publicado no blog Avenida Central, no âmbito da Iniciativa "Democracia Participativa":



A possibilidade de um cidadão comum poder participar activamente no processo de decisão governativa nem sempre foi uma ideia popular entre a classe política. Nos últimos tempos, em várias disputas eleitorais, notou-se que esta ideia tinha tomado novos contornos, isto é, não só existe o desejo de que as pessoas tenham um maior peso no processo de decisão das políticas que regem um país, como já se pretende que haja um processo participativo, de uma forma directa, por parte dos cidadãos.

Esta democracia participativa, que várias personalidades tanto gostam de evocar como a forma ideal de fugirmos aos problemas que a maioria dos regimes apresentam, trata-se meramente de uma ideia utópica, incapaz de ser levada à prática, seja pela cultura ou pela própria organização da maioria das sociedades. Mesmo num cenário hipotético em que este sistema fosse implementado, as suas consequências seriam letais para a sociedade.

O advento das novas formas de tecnologia fez sonhar muitos apologistas da participação directa dos cidadãos. Deparando-se com um sistema pouco eficaz, corrupto e quase sempre refém de guerrilhas partidárias no interior do hemiciclo, é possível que a ideia de fazer uma votação on-line sobre uma determinada matéria, e recolher a respectiva decisão dos cidadãos no dia a seguir, seja sugestiva, para não dizer, aliciante.

Este sistema, por mais apelativo que seja, é insustentável e rapidamente conduziria a um país estagnado nas suas políticas. Os governantes e políticos seriam reduzidos a secretários que conduziriam um país com base em gráficos, impondo sucessivas medidas contraditórias, incoerentes e impraticáveis na maior parte das vezes. Pode-se argumentar que a maioria das sociedades não está preparada para um sistema semelhante, daí que a solução seria referendar matérias ocasionalmente. É verdade que tal seria um sistema mais moderado, mas nunca existiria uma barreira clara e precisa entre as matérias e o método de decisão, algo essencial para a estabilidade e o sucesso de um modelo.

Um sistema de democracia eficaz jamais pode passar por um sistema de democracia participativa directa. Seria um notável erro político e um desastre na sociedade. A cultura de responsabilidade, transparência e progresso, tem de assentar numa cultura de representação. As eleições, os seus programas, têm que assentar numa pessoa, num grupo político, capaz de ser responsabilizado pela condução das ideias que o fizeram ser eleito. Um sistema assente no princípio da subsidariedade em democracia representativa é o único sistema capaz de fazer face aos desafios que actualmente se proporcionam.

Segoléne Royal durante a campanha para as presidenciais francesas referiu por diversas vezes que era altura de dar voz aos cidadãos, de serem estes finalmente os responsáveis pela governação. Estas declarações quase naïves da candidata, mostram a característica mais perigosa deste tipo de democracia directa - a diluição da responsabilidade dos sucessos e fracassos de um programa, atribuídos a um conjunto de estatísticas, correspondente à sociedade.

Madame Royal não compreende o perigo desta abordagem, preferindo continuar com o seu sound-byte da démocracie participative. Esquece que o melhor sistema político continua a ser a eleição e julgamento dos representantes pelos cidadãos. E felizmente para a França, as suas ideias foram rejeitadas pelos eleitores franceses.

sexta-feira, novembro 23

Ron Paul? Isolacionista?

Defende o regresso imediato aos EUA de todas as tropas americanas estacionadas por diversas bases em todo o Mundo, sem qualquer excepção ou transferência gradual. Seja no Iraque, seja noutros pontos do globo, independentemente de serem estrategicamente essenciais como é o caso da Coreia do Sul.

Foi o único congressista a votar com o sempre cómico congressista democrata Kucinich, na seguinte moção: “Calling on the United Nations Security Council to charge Iranian President Mahmoud Ahmadinejad with violating the 1948 Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide and the United Nations Charter because of his calls for the destruction of the State of Israel.

Opõe-se à existência do Tribunal Criminal Internacional, as Nações Unidas, a União Norte Americana, a Organização Mundial do Comércio, a Aliança para a Segurança e Prosperidade da América do Norte e da NATO.

Para responder aos genocídios do Rwanda ou do Darfur, Ron Paul defende que os EUA devem publicar um “moral statement”. Numa votação para determinar sanções para o Darfur, Ron Paul votou contra. Numa votação anterior, numa resolução que apoiaria uma intervenção do tipo humanitária, caso as sanções falhassem, Ron Paul votou contra.

Assume-se como um defensor do comércio livre. Porém, é assumidamente contra o NAFTA (North American Free Trade Agreement) e votou contra os acordos de comércio livre com vários países.

Reivindica que o 11 de Setembro se deveu às políticas intervencionistas dos Estados Unidos, dado que tinham estado a bombardear o Iraque durante 10 anos após a Guerra do Golfo.

É autor de citações como esta: “Too often we give foreign aid and intervene on behalf of governments that are despised. Then, we become despised. Too often we have supported those who turn on us, like the Kosovars who aid Islamic terrorists, or the Afghan jihadists themselves, and their friend Osama bin Laden. We armed and trained them, and now we’re paying the price.

Ron Paul rejeita o epíteto de isolacionista. Para mim, é-me indiferente a forma como ele se classifica. Esta política externa desastrosa, apropriada ao séc. XIX e repleta de wishful thinking, não deixa margens para dúvidas.

Também publicado no Blogue da Atlântico.

segunda-feira, novembro 19

Só no the Guardian...


"This is one dangerous man: it's George Bush with brains," wrote Michael Tomasky, editor of the Guardian Online.

VPV em entrevista ao Expresso

É um político [Sócrates] que ficará na história?

O Sócrates?! Não. É de uma pavorosa mediocridade. Pior: é um homem que tem uma linha de pensamento convencional. Que assenta em todos os lugares-comuns deste tempo e reproduz de uma maneira tosca esses mesmos lugares-comuns.

Mas é um Governo com impulso reformador.

A mim não me parece. Estas coisas do ensino e da investigação não levam a nada. Qualquer pessoa que tenha passado umas semanas numa genuína universidade não pode olhar para isto senão com tristeza.

A ler na íntegra.

domingo, novembro 18

ASAE

Eu confesso que gostaria de ver concretizada a notícia do Inimigo Público de há uns meses. Porque não enviar a ASAE para o Afeganistão? Certamente fariam um excelente trabalho nas limpezas (sejam de que tipo for), naquele local que carece urgentemente de tropas.

To punish or not to punish

“Capital punishment may well save lives,” the two professors continued. “Those who object to capital punishment, and who do so in the name of protecting life, must come to terms with the possibility that the failure to inflict capital punishment will fail to protect life.”

domingo, novembro 11

¿Por qué no te callas?

Sexo e Poder




A sequência que resume a história da humanidade, publicada no Zero de conduta tem dado azo a vários comentários interessantes, cada um a tentar explicar como ao longo de milénios o sexo, a luta pelo poder e a violência se influenciam entre si. Leio quem argumente que "os homens lutarão pelo poder porque poder significa sexo". Não partilho da opinião.

Sexo e poder sempre foram as duas faces da mesma moeda - dois impulsos que sempre guiaram a Humanidade. Compreendermos qual a face que controla a oposta será sempre difícil, até porque irá depender de sociedades, de culturas e do próprio género sexual. Tendo dito isto, como opinião pessoal diria que a História demonstra-nos que o sexo sempre foi um método privilegiado de assalto e de manutenção do poder, associado na maior parte das vezes ao casamento. Um método antigo, de sucessos e de fracassos, mas que ainda hoje potencia quedas e trocas de poder.

quinta-feira, novembro 8

Disciplina

O PS-Madeira apelou aos seus 3 deputados no Parlamento para se absterem na votação do Orçamento de Estado. Bastou surgir a ideia para José Sócrates falar em disciplina, algo que o nosso Primeiro-Ministro muito preza como todos sabemos. Um sistema de representação por círculos uninomiais colocava problemas aos problemas de disciplina, dada a primazia que seria concedida ao eleitorado em detrimento da lealdade orgânica do sistema. Seria um perigo à disciplina partidária.

quarta-feira, novembro 7

5 de Novembro

A propósito do jackpot de Ron Paul, Robert Novak:

Rep. Ron Paul set fundraising records on Monday, pulling in $4.2 million in online donations in one day. This is the largest single day of online fundraising in political history, and the largest single day of donations for any Republican candidate ever. The donations, averaging a little more than $100 each, reflect the unmatched enthusiasm of Paul's supporters, who range from anti-war activists to libertarians to fed-up Republicans.

Interestingly, it was volunteer supporters with no affiliations to Paul's campaign who organized the fundraiser. For all the talk of candidates' using the Internet in 2008, Paul's campaign is the only one that is really doing it -- and he is doing it mostly by stepping back and letting his enthusiastic backers form their own networks of support.

Raising this sort of money could increase Paul's support. First, it suggests that he is a legitimate candidate and not the Dennis Kucinich of the GOP. This might make some potential supporters less wary about "throwing away their vote." Also, going into the early states, he will have a huge cash-on-hand advantage over everyone but Romney and McCain.

terça-feira, novembro 6

Next please!

Os minutos que dispensei da minha tarde para ouvir o debate do Orçamento de Estado na TSF, recordaram-me porque razão faço sempre zapping quando vejo o nosso Primeiro-Ministro a discursar no parlamento, com aquela postura que insiste em cultivar.

segunda-feira, outubro 29

Royal Party


E aqui está Madame Royal em Buenos Aires a celebrar a vitória da Senadora Kirshner. Infelizmente, ou melhor felizmente, teve que viajar muitos quilómetros para festejar a vitória de uma candidatura de esquerda.

quinta-feira, outubro 25

A visita do Czar


A demonstrar-se a recepção pomposa ao czar Putin hoje em Lisboa, não se espera uma posição forte da UE para fazer face aos interesses da Rússia amanhã em Mafra. Está na hora da UE bater o pé e mostrar a Vladimir Putin que a sua esfera de influência não pode ser o que era e que o gás não pode ser forma de chantagem política.

A instalação de um radar na República Checa e um sistema de misseis na Polónia é cada vez mais essencial, por dois motivos. Primeiro, para acabar de vez com a ideia de que a Europa de leste continua a ser uma região de influência russa (a emergência de democracias de cariz atlântico é uma dor de cabeça para o Kremlin). Em segundo lugar, porque a única forma de lidar com esta Rússia não passa por uma estratégia individual de cada estado. Putin tem a lição bem estudada de Maquiavel. Se um imperador deseja manter o seu império intacto, o essencial é que os seus vizinhos se mantenham divididos para que não o ameacem.

segunda-feira, outubro 22

Porreiro, pá!

Os Polacos afinal saíram a ganhar...

Polónia


No IHT:

Voters appeared to have ousted the prime minister, one half of Poland's wonder-twin team, in parliamentary elections on Sunday. The challenger, Donald Tusk, declared victory for his pro-business party, Civic Platform.

The prime minister, Jaroslaw Kaczynski, conceded defeat as two major exit polls showed his Law and Justice Party trailing Civic Platform by double-digit margins. His brother, Lech, will remain president and retain veto power over the presumptive new government's legislation.

With 38 million residents, Poland is the largest former communist country in the European Union. Civic Platform stands for cutting taxes and the continued liberalization of the country's economy through privatization.

Party

Uma parte da blogosfera já começa a cheirar certas coisas. Só faltou a crítica e o pedido de independência à Madeira, para ser o habitual. Essa sim, é o que deve estragar a Europa. Os Açores já são praticamente uma colónia americana, por isso bem que se podia fazer um bom preço para a Madeira. Até contribuía para a consolidação do défice...

E de facto não sei o que se passa com os nossos governantes por voltarem a escolher um mosteiro. Raio de fetiche. De facto a assinatura do tratado numa rave party, a coisa seria bem mais moderna, muito mais new age. Essa sim, seria uma autêntica New Lisbon Strategy... E que tal uma petição? Isto agora faz-se petições por tudo e por nada... Com os gémeos polacos fora do baralho, o autor e leitores do blog precisam de se entreter com alguma causa...

sábado, outubro 20

Coerência

Só ficava bem a todos aqueles que já começaram a pedir um referendo ao tratado aprovado esta semana, que no mesmo post assumissem como iriam votar.

Lufada de ar fresco

A proposta de Luís Filipe Menezes de criar uma nova constituição, revela que afinal posso ter subestimado o líder do PSD. A verdade é que tendo em conta as suas recentes propostas, Menezes não começa nada mal.

segunda-feira, outubro 15

Confirmação (2)

Luís Filipe Menezes poderá ter optado pela estratégia mais fácil, isto é, não entrar em conflito com Santana quanto à bancada, prevendo os problemas que poderia enfrentar. Preferiu uma solução de compromisso.

O ex-PM já mostrou que está de regresso e acabou-se a história do "andar por aí". Só resta saber até quando se vai aguentar esta aparente sinergia, pois estes dois egos não sobrevivem num partido disposto a dar luta ao governo. Seja por vingança, seja pelo simples desejo de alcançar o poder.

Confirmação

O anúncio de Santana Lopes apenas confirma o que todos já sabiam. Pode não ter discursado no congresso, mas foi claramente um dos seus vencedores.

Boas Notícias

E tutti quanti, gattopardi, sciacalli e pecore, continueremo a crederci il sale della terra.

Giuseppe Tomasi di Lampedusa, Il Gattopardo, 1958


Pedro Lomba e Pedro Mexia, um regresso a dois aos blogs: Gattopardo

Muito rapidamente

Umas pequenas notas sobre algumas notícias, por falta de tempo e algum cansaço.

sexta-feira, outubro 12

Quizz :Nobel da Paz


O que tem Al Gore em comparação com os monges budistas da Birmânia?


1. Fundou uma Eco-religião.

2. Defrontou George W. Bush.

3. Ganhou um Emmy.

4. Veste Armani.

Al Gore


Andreï Illarionov, antigo conselheiro económico do presidente russo Vladimir Putin: “A pior escolha de toda a história, pela deformação e falsificação de forma violenta dos conhecimentos sobre o ambiente”. (AFP)

quinta-feira, outubro 11

A diferença entre um anúncio eleitoralista e uma efectiva liberalização do ensino

Reproduzo aqui o comentário que deixei n'O Insurgente, a propósito deste post do André Azevedo Alves:


“Quanto à primeira questão, a única forma de a resolver seria liberalizar completamente o sector da saúde, a começar pela formação. Sendo permitida a criação de novas faculdades de medicina e eliminadas (ou pelo menos substancialmente reduzidas) as barreiras de entrada na profissão, caminharíamos gradualmente para uma situação em que os fortíssimos bloqueios actualmente existentes à oferta seriam levantados e acredito (embora não o possa garantir) que o número de novos médicos aumentaria muito substancialmente.”

A ser verdade que existe uma substancial falta de médicos em Portugal, esta estratégia daria frutos a médio prazo. É preciso não esquecer que uma licenciatura em medicina não é suficiente para iniciar a prática clínica. A especialização, que ocorre exclusivamente no SNS, é indispensável para a formação de médicos.

O que tenho criticado no anúncio do ministro, é o aumento abrupto das vagas sem qualquer explicação de como se processará a educação dos profissionais. Nos últimos anos, as diversas faculdades têm aumentado significativamente as vagas, estando no limite das suas capacidades. Para a maioria dos alunos dos primeiros anos, as dificuldades de aprendizagem são notórias, devido à falta de infraestruturas necessárias para um número elevado de alunos.

Em segundo lugar, o ministro não deu qualquer pista no sentido de haver uma efectiva liberalização o sector do ensino da medicina. Daí as minhas críticas. A ser anunciada tal medida, em que a abertura de mais vagas estará exclusivamente em faculdades privadas, nada tenho contra. Nas actuais universidades é simplesmente insustentável. É a qualidade destes profissionais que está em jogo, nada mais.

“- As elevadíssimas (e completamente injustificáveis) médias de entrada em todos os cursos de medicina;”

Eu sinceramente não compreendo o “injustificável”. Dada a enorme procura, não é normal as médias de entrada serem essas? E nem vou me pronunciar sobre a quantidade de pessoas que encontram formas de contornarem os concursos normais, através de contingentes.

“A questão não é saber quantos médicos o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai absorver. O objetivo do SNS é dar saúde aos portugueses, não é dar emprego aos médicos.”

É óbvio que concordo. Nunca disse o contrário, embora muitos tenham entendido como tal. O que escrevi foi simples: dado o modelo vigente no nosso país, em que o SNS é o grande responsável pela acção médica, caso este tenha um défice de profissionais, o estado deve ser responsável por contratar mais. Apenas caso se verifique um défice, obviamente. E tive o cuidado de afirmar que isto é de acordo com o actual modelo, pois como o André bem sabe, já escrevi sobre uma possível reforma deste modelo em dois artigos na Dia D.

“- A necessidade de recorrer à contratação de médicos estrangeiros;”

A contratação de médicos estrangeiros não é nada de outro mundo. Vejamos, se existe um sistema nacional de saúde em que nem todos os profissionais lá trabalham, vamos ter duas realidades. Se vários profissionais decidem não trabalhar no SNS, o sistema terá que procurar recursos para colmatar esse défice, daí a contratação de médicos de outras nacionalidades. Ora isso não é um indicador de falta de médicos, pelo menos na minha perspectiva. É um indicativo de falta de médicos no interior do SNS, pois não está preparado para cativar esses profissionais no sector público. E sobre isto falei no meu artigo sobre uma efectiva remodelação do SNS.

“- Os elevados preços dos serviços médicos no mercado português quando comparados com os de outros serviços.”

Por último, embora a escassez pudesse ser uma razão perfeitamente plausível para este facto, julgo que talvez exista um factor bem mais importante: o bom lobby que é a Ordem dos Médicos.

quarta-feira, outubro 10

Notas sobre o debate republicano de ontem


Por Robert Novak:

Conservative voters hoping former Sen. Fred Thompson (R-Tenn.) would be a Reaganesque white knight were likely disappointed by Thompson's performance in his first debate. He took the safe route on nearly every answer, including endorsing the Bush Administration's current policies on Iraq and ethanol subsidies. Needing to distinguish himself, he didn't.

Two months out, former Massachusetts Gov. Mitt Romney (R) maintains his leads in Iowa and New Hampshire polls, and one recent South Carolina poll showed Romney ahead. As other candidates begin to compete with Romney for paid media, will these leads evaporate?

Former New York City Mayor Rudy Giuliani (R) has become perhaps the best performer in the field and was excellent in Tuesday's debate. But he still faces deep trouble on the right wing of the party.

Rep. Ron Paul (R-Tex.) remains an odd phenomenon: He equaled Sen. John McCain (R-Ariz.) in fundraising, he does very well in most straw polls and he draws the loudest applause at the presidential debates. His base is very motivated, and it is ideologically diverse. Still, he barely registers in polls. His limited-government message is far more consistent than that of the other candidates, who push ethanol and farm subsidies. His anti-nation-building stand could have broad appeal, but he wanders off into monetary policy and foreign policy tangents. The threat to the GOP: An independent Paul candidacy is all the more real after he refused to pledge support of the nominee.

terça-feira, outubro 9

Discussões a acompanhar na Atlântico

A propósito deste meu post sobre o aumento do número de vagas em Medicina, gerou-se uma interessante discussão aqui e também aqui. E já voltei a escrever sobre o tema hoje, aqui. Uma boa troca de ideias a acompanhar.

segunda-feira, outubro 8

Atlântico




Não há paciência para as virgens de esquerda que andam aos gritos com a última capa da Atlântico. Esta é efectivamente uma grande capa.

domingo, outubro 7

Bicefalia


O regresso de Pedro Santana Lopes como líder da bancada parlamentar do PSD, seria o primeiro grande erro de Luís Filipe Menezes. É verdade que Santana já mostrou que deseja o lugar e a bancada que ele próprio escolheu nas últimas legislativas anseia pelo seu regresso à tribuna. Não está em causa o bom papel que Santana Lopes eventualmente faria, mesmo tendo como handicap ter sido o péssimo Primeiro-Ministro que foi. O grande perigo, é o PSD ter duas personalidades que vão disputar o tempo de antena do PSD, criando uma liderança bicéfala. Não me parece que esta seja a melhor estratégia para que a liderança de Menezes se venha a impor no eleitorado.

sábado, outubro 6

Overheard in the Office (7)


Attorney #1: You know David*, the blind prosecutor downtown?
Attorney #2: He's the one who always gets the young, hot assistants, right?
Attorney #3: I don't care what anyone says, that son of a bitch can see.

300 West Main Street
Louisville, Kentucky

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (6)


Electrician: I think I may have made a mistake.
Owner of office: Ya think so? What gave it away, the flames?

528 Newtown Road
Virginia Beach, Virginia

Overheard by: Mike

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (5)

12PM If the Goal Is to Go Home at Five, Then You're on the Right Track

Employee: Someone just called me. They said, "Hello," and asked if I could help them because they had a question. I didn't know what to do, so I said, "No," and hung up. Was that okay?
Boss: I guess that's one way of handling it.

US Patent and Trademark Office
Alexandria, Virginia

Overheard by: Why Me?

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (4)

First-grade teacher: CHARLES! Give me those! Those are NAILS! Nails are unsafe and do not belong in your hands.
Student: Pshhh, unless you're JESUS!

New York, New York

Overheard by: i want to adopt this kid

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (3)


Heated caller: So let me understand this: if I die, I get $100,000?
CSS rep: No. If you pass, your beneficiary will receive $100,000.
Heated caller: But it is my money. I am paying the premium for it. I should be able to get my money. Why can't I have my money?!
CSS rep: Because you will be dead, ma'am.
Heated caller: That's ridiculous. I want to speak with a manager.

1 Sartan Way
Merrimack, New Hampshire

Overheard by: CSS Nightmare

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (2)

12PM Kindly Do Not Demonstrate

Woman
: So if you've never done it before, it's going to hurt the first time and maybe even bleed a bit.
Man: Uh huh.
Woman: So don't be afraid. You should try it. It's definitely worth it.

Other people in elevator shuffle uncomfortably.

Woman: Um...So flossing is crucial to good dental hygiene.

Elevator
Houston, Texas

via Overheard in the Office

Overheard in the Office (1)


Applicant, explaining multi-year gap in employment history: I got sent to jail for stabbing a guy twelve times, but it was bullshit.
Manager: Oh yeah?
Applicant: Yeah. I only stabbed him six times; I just had two knives in my hand. It was bullshit.
Manager: Hmm. I see.

Indianapolis, Indiana

via Overheard in the Office

quinta-feira, outubro 4

Religião e Política (2)

When you say “radical right” today, I think of these moneymaking ventures by fellows like Pat Robertson and others who are trying to take the Republican Party and make a religious organization out of it. If that ever happens, kiss politics goodbye.
Barry Goldwater

Religião e Política

Tenho que confessar que me irrita bastante os ataques que Giuliani tem recebido por partes de vários bispos católicos americanos. Dado que é o único republicano na corrida para a nomeação presidencial assumindo-se como pro-choice, já foram dois os bispos que criticaram abertamente a posição de Giuliani. Se é verdade que como bispos possuem a responsabilidade de defenderem a doutrina católica, também é verdade que se impõe que sejam imparciais nas críticas que fazem e a quem fazem.

Com candidatos democratas católicos, assumidamente pro-choice, favoráveis à utilização de fundos públicos para o financiamento de abortos (Giuliani é contra) e contra a recente decisão do Supremo de banir o partial-birth abortion (Giuliani aplaudiu a decisão), por que razão o republicano é o alvo preferencial?

O "silêncio" por parte da maioria dos bispos católicos com John Kerry, diz muito sobre como alguns sectores religiosos ainda consideram o Partido Republicano como o seu feudo, comparativamente com os democratas. Esta distorção religioso-política é perigosa e insustentável, e na minha opinião deveria constituir um motivo de vergonha para políticos e católicos.

quarta-feira, outubro 3

O novo livro de Ann Coulter


Libertarians, por Russel Kirk

A propósito da discussão sobre Ron Paul e a clivagem Libertários e Conservadores, por sugestão do HO li este interessante ensaio de Russel Kirk que agora recomendo:

Libertarians: the Chirping Sectaries:


Any discussion of the relationships between conservatives (who now, to judge by public-opinion polls, are a majority among American citizens) and libertarians (who, as tested by recent elections, remain a tiny though unproscribed minority) naturally commences with an inquiry into what these disparate groups hold in common. These two bodies of opinion share a detestation of collectivism. They set their faces against the totalist state and the heavy hand of bureaucracy. That much is obvious enough.

What else do conservatives and libertarians profess in common? The answer to that question is simple: nothing. Nor will they ever have. To talk of forming a league or coalition between these two is like advocating a union of ice and fire.

Sondagens GOP

No Washington Post:

Giuliani
topped the Republican field with 34 percent, with Thompson at 17 percent and Sen. John McCain (Ariz.) at 12 percent in the new poll. Former Massachusetts governor Mitt Romney was in fourth with 11 percent but has continued to make strong showings in polls testing the crucial early contests in Iowa and New Hampshire.

Former Arkansas governor Mike Huckabee took 8 percent, his best showing in a Post-ABC poll. Rep. Ron Paul (Tex.) had 3 percent; Rep. Duncan Hunter (Calif.), 2 percent; and Sen. Sam Brownback (Kan.) and Rep. Tom Tancredo (Colo.), 1 percent.

terça-feira, outubro 2

Low Profile



A acompanhar os dados que aos poucos vão sendo divulgados:

After nearly a month of official silence, Israel confirmed on Tuesday that its air force carried out a strike inside Syrian territory on Sept 6.

segunda-feira, outubro 1

Conversa (ao jantar)

A razão para a China estar a desenvolver-se mais rapidamente que a Índia, é porque nesta os comunistas ainda fazem parte do governo.

Putin


O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que vai liderar as listas do partido Rússia Unida às próximas legislativas, agendadas para Dezembro, e admitiu mesmo assumir a chefia do Governo que sair das eleições.

Putin sai da Presidência e passa a Primeiro-Ministro. Uma mudança de gabinete apenas, já que as decisões continuarão a ser ditadas por ele. A poderosa máquina estatal que anda a construir desde 1999, ao velho estilo soviético, continuará dependente de si. Da Rússia, pouco parece mudar, a não ser para um regresso a velhas épocas.

Orange revolution


Na Reuters:

Tymoshenko, newly reconciled with the president after a period of estrangement, had declared victory on the basis of exit polls within hours of polling stations closing.

She predicted an "orange" government -- together with Our Ukraine party -- within weeks.

With 89 percent of votes counted, the Regions Party had 33.4 percent, boosted by 5.3 percent for its Communist allies.

The Tymoshenko bloc stood at 31.3 percent, with a further 14.6 percent for Our Ukraine.

Da gargalhada "Clinton"


Is Hillary Clinton the New Old Al Gore?, por Frank Rich:

Now Mrs. Clinton is erupting in a laugh with all the spontaneity of an alarm clock buzzer. Mocking this tic last week, "The Daily Show" imagined a robotic voice inside the candidate's head saying, "Humorous remark detected — prepare for laughter display." However sincere, this humanizing touch seems as clumsily stage-managed as the Gores' dramatic convention kiss.

domingo, setembro 30

Christan Conservatives and Giuliani

No New York Times:

Alarmed at the chance that the Republican party might pick Rudolph Giuliani as its presidential nominee despite his support for abortion rights, a coalition of influential Christian conservatives is threatening to back a third-party candidate in an attempt to stop him.

(...)

A revolt of Christian conservative leaders could be a significant setback to the Giuliani campaign because white evangelical Protestants make up a major portion of Republican primary voters. But the threat is risky for the credibility of the Christian conservative movement as well. Some of its usual grass-roots supporters could still choose to support even a pro-choice Republican like Mr. Giuliani, either because they dislike the Democratic nominee even more or because they are worried about war, terrorism and other issues.

In recent polls by the Pew Research Center, Mr. Giuliani has received a plurality of support from white evangelical Protestant voters despite a rising chorus of complaints from Christian conservative leaders about his liberal views on social issues and his unconventional family life. Some players in the movement not present at the meeting may be open to Mr. Giuliani as the lesser of two evils.

British politics - Taxman Gordon


sábado, setembro 29

Newt Gingrich


Nestas últimas semanas comecei a ficar entusiasmado com a possível candidatura do ex-Speaker, Newt Gingrich, para a nomeação republicana. Tendo acompanhado alguns dos seus discursos e várias entrevistas suas na Fox News, a propósito da campanha para a nomeação presidencial do GOP, achei-o com ideias muito mais motivantes e interessantes, embora não concorde integralmente com ele em certos temas, do que o candidato que neste momento acho mais capaz de liderar a América - Rudy Giuliani.

Foi com pena que tomei conhecimento que Gingrich, o arquitecto da revolução republicana no Congresso, não vai avançar para a nomeação. Depois da entrada de Thompson se ter revelado uma completa desilusão, estava convicto que Gingrich iria avançar. Com pena minha, estava enganado. O ex-Speaker continua a ser uma excelente escolha como VP, tanto pela sua experiência em fazer frente aos Clinton, bem como o facto de pertencer ao Sul (Georgia) poder ajudar a conservar o domínio do GOP nessa zona. Um ticket Giuliani/Gingrich seria o ideal, mas reconheço que será muito pouco provável.

Menezes (III)


Depois de uma campanha interna pobre, cheia de acusações e insinuações, as bases do PSD escolheram o candidato que uma oposição mais dura fará a este governo e que coloca em xeque a vitória que era dada como garantida a José Sócrates em 2009.

O estilo populista de Luís Filipe Menezes, o seu desejo de vencer por vencer e o seu discurso demagógico de ocasião não vão resgatar o PSD da sua crise. Mais do que nunca, este PSD vai procurar o eleitorado de esquerda descontente com José Sócrates.

As bases do PSD não me parecem muito entusiasmadas com Menezes. Não me parece que estejam à espera de vislumbrar que esta nova liderança marque um rumo de credibilidade e de verdadeira alternativa à do executivo no poder. Mas as bases estão certamente descontentes com a reputação que Sócrates e a restante máquina socialista incutiu no seu partido. A vitória de Menezes é o reflexo disso mesmo.

Menezes (II)

A derrota de Marques Mendes vai marcar uma pequena revolução na elite do PSD. Os "notáveis", cujo o apoio a Mendes foi apenas motivado pelo mero calculismo de ser um fraco candidato de transição, vão agora encontrar uma máquina que começará a ser remodelada por Menezes e onde são vistos como outsiders.

Se para estes "notáveis" a meta de 2009 poderia ser vista como uma preparação para uma época de adaptação interna, para enfrentar um PS desgastado e demasiado personalizado, as coisas alteram-se radicalmente.

A arrogância e a indiferença pela luta política destes "barões" do PSD, foram um dos factores que conduziram à derrota da candidatura que apoiavam. As bases mostraram que não aceitam um partido de oráculos.

De uma forma geral, as elites e as bases vão sofrer com esta eleição. Se os primeiros terão que aprender que não são nenhuns iluminados, as bases vão compreender que a escolha desta liderança não vai trazer ao partido a credibilidade que já granjeou. Pelo contrário, parece-me que não tarda nada e vai haver um aparente dejá vu.

Coisas Fascinantes

Francisco Louçã considerou hoje que a vitória de Luís Filipe Menezes, demonstra a vulnerabilidade do nosso sistema político ao populismo. E a representação do BE no parlamento não revela mais ou menos o mesmo?

Menezes (I)

Luís Filipe Menezes foi eleito líder do PSD. Esperam-se mudanças sérias no partido, tendo em conta a ruptura de estilo que vai marcar a nova direcção. Mas antes de tudo isso, será interessante observar como se posicionam e reagem determinadas personalidades e sectores sociais-democratas.

quarta-feira, setembro 26

Exemplar

A atitude de Santana Lopes na SIC-Notícias.

Liberalização dos horários do comércio

Pela Liberalização Total dos Horários do Comércio, por Miguel Frasquilho.

É, pois, tempo de, em Portugal, nos deixarmos de preconceitos ultrapassados e de nos adaptarmos aos tempos que vivemos. E de não cercear a liberdade de iniciativa económica nem diminuir a liberdade individual do consumidor.

Deprimente


O espectáculo degradante que rodeia as eleições directas no PSD continua a hipotecar a pouca credibilidade que resta ao partido. Cada vez é mais claro que independentemente do vencedor nestas eleições, o PSD sairá um partido fragmentado, reduzido a várias facções e com inúmeras personalidades social-democratas a prestarem vassalagem a José Sócrates nos próximos tempos. Neste momento, não há quem consiga imaginar este partido capaz de governar Portugal, a não ser alguém num estado completamente psicótico.

O exercício do poder é o grande motivador da política em Portugal. Isso explica bem, porque razão é difícil fazer oposição no nosso país. Nunca existiu uma tradição de uma oposição forte e coerente no nosso sistema político, com um programa alternativo ao do governo. O Adolfo Mesquita Nunes resumia uma parte do problema da oposição portuguesa de forma simples: existe falta de sombra em Portugal.

Ao mesmo tempo, a discussão de ideias sobre qual deveria ser o rumo do partido, da oposição, e consequentemente de um futuro executivo, é colocada numa posição secundária em prol do debate sobre qual a melhor lista dos "notáveis" e "barões" do partido e sociedade. A procura destes oráculos, revela bem como o exercício da política não é mais do que um swing de um concílio de iluminados, que aguardam pela sua vez para tomarem as rédeas do poder. A dimensão do nosso país contribui para este clima de partilha de poder e de "amizades" políticas.

A actual situação no PSD é o reflexo do nosso sistema político. Como bem referiu JPP, o problema não reside apenas no PSD, mas também no PS. O facto de todos os holofotes estarem a apontar para José Sócrates, fomenta uma falsa ilusão do problema, mas ele existe. E a seu tempo, também o PS terá que lidar com o problema.

Só uma última nota. Com o show populista, socialista e sensacionalista de Menezes, quem me diga que apoia este último pela simples razão de fazer "melhor oposição" ao governo, concluo que todos esses simpatizantes vêm na oposição um mero instrumento de assalto ao poder e de irresponsabilidade política.

segunda-feira, setembro 24

Prioridades


No Público:

José Sócrates discursa hoje na abertura da conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, na qualidade de presidente em exercício da União Europeia (UE), para sublinhar que os objectivos pós-Protocolo de Quioto devem ser quantificados e de cumprimento obrigatório.

"A UE quer começar a desenhar já um quadro para um acordo global pós-Quioto em 2012. Se houver uma contribuição de outros países, a UE está disponível para reduzir as emissões de dióxido carbono em 30 por cento até 2020", disse Sócrates.

Resta saber quais são os outros países. EUA apenas? Ou a China também entra na lista? E se os EUA dependerem o seu apoio de um compromisso chinês? É que não parece que os chineses estejam particularmente entusiasmados em colocar em segundo plano o seu desenvolvimento económico, em prol de um acordo de alterações climáticas.

GOP 2008

Sondagens:


Sept. 16

Sept. 8

Aug. 16

Rudy Giuliani

30%

34%

32%

Fred Thompson

22%

22%

19%

John McCain

18%

15%

11%

Mitt Romney

7%

10%

14%

Weeds


Não são muitas as séries que entram na terceira temporada, com uma qualidade igual ou superior à da estreia. Este Weeds, que acompanho religiosamente há alguns meses, consegue essa proeza. Para aqueles que ainda não conhecem aquela que é, na minha opinião, uma das melhores séries actualmente em exibição, aqui fica a sugestão.

quinta-feira, setembro 20

quarta-feira, setembro 19

Tudo em prol das criancinhas...


O socialismo é bonito:

President Hugo Chavez wants Venezuelan clocks turned back half an hour and he wants it done in record time -- next Monday.

"I don't care if they call me crazy, the new time will go ahead, let them call me whatever they want," Chavez said on his weekly TV show. "I'm not to blame. I received a recommendation and said I liked the idea."

The shift will allow children to wake up for school in daylight instead of before sunrise, Chavez said.

Na Reuters.

terça-feira, setembro 18

Cada vez mais claro...

Os polacos estão determinados a estragar o caldinho da presidência europeia. Ainda com o problema do Tratado Reformador por resolver, a Polónia volta a estragar a fotografia com a sua oposição ao Dia Europeu contra a Pena de Morte. O executivo português deve andar a torcer pela oposição nas próximas legislativas polacas, agendadas para Outubro.

A minha previsão do debate

Na SIC Notícias, dois políticos vão tentar ganhar votos com várias trocas de acusações, para que um deles possa chegar a 2009 e seja derrotado por José Sócrates.

Irão (2)

Coisas Simples, por FCG:

Em assuntos internacionais, há um princípio simples: o poder militar não serve de nada se não houver a intenção de o utilizar. Por outras palavras: sem a disponibilidade credível para utilizar um instrumento de poder, ele deixa, em sentido próprio, de se constituir como componente de poder.

segunda-feira, setembro 17

Irão


O Ministro dos Negócios Estrangeiros Francês, o socialista Bernard Kouchner, já deu a entender que a França está de regresso ao palco internacional, sem qualquer tema tabu. Depois do discurso de Sarkozy a delinear a sua política externa, Kouchner demonstra que o governo francês compreende bem o que está em jogo, no que diz respeito às ambições nucleares do Irão.

domingo, setembro 16

A estratégia Sarkozy


"If you don't represent real change, you just gave away the 2008 election," said former House Speaker Newt Gingrich, who led the Republican takeover of the House of Representatives in 1994 and now is flirting with a White House run.

"Now that may or may not make the White House happy. But I think that's the whole point about making a clean break," Gingrich told a group of reporters over breakfast.

He added: "I believe for any Republican to win in 2008 they have to ... offer a dramatic, bold change. If we nominate somebody who has not done that, they get to be the nominee but there is very, very little likelihood that they can win."

Na Reuters.

sexta-feira, setembro 14

Anti-Roe and Pro-Rudy


Uma opinião interessante, onde o autor argumenta porque razão os opositores de Roe vs Wade devem apoiar a candidatura do único republicano pro-choice.

To the disbelief of the political class, Rudy Giuliani still leads the polls in the race for the Republican nomination for president. Mike Huckabee, John McCain, Mitt Romney and Fred Thompson seem unable to compete with conservative affection for a thrice-married, twice-divorced, socially liberal New Yorker.

Perhaps I can help alleviate the pundits’ bafflement. I am a fervent pro-lifer, and I like Rudy Giuliani. And it’s not because, as some suggest, I think national security is more important than abortion. I think Mr. Giuliani will be the most effective advocate for the pro-life cause precisely because he is unreligious and a supporter of abortion rights.

A propósito da experiência de Mrs. Clinton


There's a strange debate dominating the Democratic campaign so far. Hillary Clinton's calling card seems to be the experience that she possesses and that Barack Obama lacks.

(...)

Mrs. Clinton has only been in the Senate for one term, not much more than Obama has. And Obama served in the state legislature before that, which Hillary never did. The only experience she has that Obama lacks is that she married a guy who was elected president and, as a result, got to live and work in the White House.

And that's the difficulty.

The idea that spouses gain qualifications through their partners' jobs is a radically new idea in this country. And no one seems to be debating it -- at least not publicly. It's not really about Hillary per se. We don't name CEO spouses the next head of the company when their partner steps down, any more than we let the wives or husbands of doctors perform brain surgery because they happen to be married to someone who does.

Desilusão



David Cameron was last night embroiled in a growing row over his support for a Tory commission advocating higher "green" taxes on motoring, domestic flights and home improvements.

The Quality of Life Policy Group, set up by Mr Cameron to help the fight against climate change, also proposed a tax on workplace car parking spaces, a halt to airport growth, a tax on gas-guzzling 4x4s and restrictions on car advertising. One of the most controversial ideas would require home-owners to pay to make their property greener if they increased their carbon footprint with a conservatory, extension or loft conversion.

Despite the commission recommending measures that would appear to penalise the lifestyles of traditional Tory voters, Mr Cameron embraced its findings, saying that much of it would be included in his next election manifesto.

No Telegraph.

quinta-feira, setembro 13

Chinatown



A propósito da recente proposta de Maria José Nogueira Pinto de deslocar todas as lojas chinesas para o Martim Moniz, lembrei-me de um Prós e Contras onde a ex-dirigente do CDS se insurgia contra a formação de guetos nas cidades e defendeu entusiasticamente a incorporação das minorias por toda a cidade. É verdade que o tema eram os distúrbios nos subúrbios de Paris, mas não deixa de ser uma recordação interessante na minha opinião.

Tempestade


Confesso que não percebo a tempestade que se anda a criar nos media, pelo facto do Dalai Lama não ser recebido por nenhum membro do executivo. Segundo li, o Dalai Lama será recebido pelo Presidente da AR e por uma comissão de deputados. Creio que a nível político, esta delegação é mais que suficiente para a recepção. Ao contrário da última visita, não haverá nenhum encontro "acidental" entre o PR e o Dalai Lama, essa sim uma postura ridícula e vergonhosa. E corrijam-me se estou enganado, mas entre a lotação esgotada do Pavilhão Atlântico e Belém, não acho que o próprio Dalai Lama esteja propriamente a lamentar a indisponibilidade do governo português.

Regresso


Zdzisław Beksiński


Passados quase dois meses desde o início da minha "pausa", decidi regressar a este espaço e ao Blog da Revista Atlântico. A interrupção foi um pouco abrupta, e por motivos pessoais, a motivação para voltar ao comentário não era suficientemente forte. Não me separei das notícias que circularam neste tempo que estive ausente e espero nos próximos tempos escrever algumas notas sobre alguns acontecimentos que julgo terem sido importantes.

Já há algum tempo que escrevo neste meio, e pela primeira vez apercebi-me verdadeiramente como este espaço pode ser influenciado pelas circunstâncias da nossa vida pessoal. O facto de um blog estar tão presente na nossa rotina, de nos proporcionar o prazer de expor as nossas opiniões, partilhá-las e discuti-las com diversas pessoas, pode adquirir uma forte componente pessoal.

Não há datas, nem circunstâncias perfeitas para um regresso ideal. A espera acalenta a possibilidade de um regresso pujante, de ruptura, mas este não é mais que um exercício de fé. Um regresso é um regresso. A mudança requer mudança, como refere o novo lema de Gingrich. Mesmo não recuperado na totalidade, este espaço constrói-se aos poucos, tal como o seu autor.

quinta-feira, julho 12

Diz que é uma espécie de ideologia...

Já estou mais ou menos habituado a certas respostas que começam logo com o rótulo. Porém, confesso que foi uma estreia ter sido acusado de pertencer à direita neoconservadora portuguesa e de ter um blog comunista, tudo pelo mesmo post. O que está a dar, é mesmo dois em um.

Liga de Blogs Anti-Polónia (2)

Foi interessante, para não dizer hilariante, ver algumas das respostas ao meu post em que sugeria ironicamente a formação de uma Liga de Blogs Anti-Polónia. Antes de mais, gostava de esclarecer e reafirmar, que o meu post retratava apenas as posições que a Polónia tem vindo a assumir nos diversos conselhos Europeus, em que muitos blogs nem sequer discutem a pertinência das posições da Polónia, veiculando de imediato diversas mensagens contra as suas posições, quase como um ódio pessoal à coligação no regime.

Eu nunca afirmei que existem países passíveis de crítica, mas que parece existir alguma preferência por alguns, isso parece-me. Sobre as recentes posições da França nos últimos conselhos europeus, parece existir um silêncio sepulcral na blogosfera.

terça-feira, julho 10

Liga de Blogs Anti-Polónia



Tendo acompanhado a campanha que já há algum tempo habita na blogosfera sobre as posições que a Polónia assumiu para defender o seu país na UE, eu sugeria a certos blogs que assumissem verdadeiramente as suas ideias e promovessem uma liga de Blogs Anti-Polónia. Desta forma, seria mais fácil compilar todos os textos contra essa vil nação. Não interessa o que defendem os gémeos, e muito menos discutir se as respectivas exigências sejam legítimas ou não.

Aproveito ainda a oportunidade para informar a "Liga", caso ainda não tenham conhecimento, que a coligação no poder não sucumbiu, como ontem parecia ter acontecido. Afinal, os parceiros chegaram a acordo, pelo menos por algum tempo. Mas não se preocupem, quem espera sempre alcança, já diz o velho ditado.

segunda-feira, julho 9

Strauss-Kahn


Confesso que não consegui evitar um sorriso quando soube que Nicolas Sarkozy irá propor o nome de Dominique Strauss-Kahn para liderar o IMF (International Monetary Fund), justificando para tal a sua competência e credibilidade, algo que obviamente concordo. Convém não esquecer é que caso DSK aceite o cargo (e seja aprovado pelos restantes países), o segundo político socialista mais popular actualmente em França é afastado da cena política e o PS ficará ainda mais fragilizado. Obviamente Sarkozy tem acima de tudo a preocupação com o funcionamento das instituições. Se isso vier com um bónus, ainda melhor...

Red Lines


Gordon Brown, depois do encontro que teve com José Sócrates, afirmou que não colocará o novo tratado a referendo. Para justificar tal decisão, afirmou que este último não iria colocar em causa as várias "red lines" traçadas por Brown, que indicam as várias competências que devem ser controladas por Londres.

Em Portugal, porém, uma grande maioria de pessoas já se manifestou a favor da convocação de mais um referendo. Começou-se por afirmar que já é hora dos portugueses serem consultados acerca da União Europeia, mesmo que o tratado seja semelhante a todos os outros que Portugal assinou, e que na altura, todos pareciam estar de acordo em como não seria necessário um referendo. Mas as coisas evoluem. Agora, a nova sensação é que o tratado deve ser referendado pois coloca em causa diversas matérias, tal como aconteceu com a então falada Constituição. Não se discutem as nossas "red lines", pelo contrário. Embora o tratado ainda não esteja redigido, já todos exigem um referendo.

Eu até compreendo o rumo que as coisas estão a tomar. Caso houvesse discussão sobre as red lines, esta era uma matéria que seria discutida e votada no parlamento, como aliás faria todo o sentido. Mas aqueles que tanto criticaram o método de consulta popular para inúmeros temas, são agora dos primeiros a vir reivindicar o novo referendo.

Pressão


Com o número de atentados bombistas a não dar mostras de diminuir, a pressão sobre os Republicanos no Congresso Americano é cada vez maior para alterarem a sua estratégia de apoio à Administração Bush no Iraque. O Senador Lugar deu o mote na semana passada, ao colocar em causa a estratégia, referindo que não parecia estar a dar os resultados pretendidos.

Todos compreendem que a partir do momento em que se cria um impasse num conflito como o Iraquiano, e quando é implementada uma estratégia que será avaliada em Setembro pelo Congresso, é de esperar que os ataques se intensifiquem de modo a que os resultados dessa ofensiva sejam mínimos. Mas a enorme pressão da opinião pública está a deitar por terra a pouca paciência de alguns proeminentes senadores republicanos que apoiavam Bush. Aproxima-se uma frase crítica para o Iraque. As dúvidas que começam a aparecer no Senado republicano já estão a ser levadas muito a sério tanto no Iraque como no Capitólio.

No Congresso, o Senador Reid prepara-se para apresentar nova proposta, sentindo que é capaz de ter a maioria de 60 votos necessários para conseguir uma retirada de tropas.

Entretanto no Iraque, a classe política já teme o pior. O Ministro dos Negócios Estrangeiros Iraquiano já veio avisar: "This could produce a civil war, partition of the country and a regional war. We might see the country collapse", bem como um conselheiro do PM Iraquiano: "We in Iraq believe, not just the government, but all political parties, that the presence of these forces is necessary to prevent increasing violence and to stop the country sliding into civil war".

Os democratas criticam este cenário, dando a entender que a retirada das tropas colocará a pressão necessária para que as várias facções políticas cheguem a acordo em diversos temas importantes, nomeadamente a divisão dos dividendos provenientes do petróleo, e acima de tudo, para que garantam a estabilidade do país. Será que estão mesmo dispostos a tal?

domingo, julho 8

Liberty


Aparentemente, este símbolo não foi muito apreciado durante esta noite. Neste blog, porém, a tocha permanece bem acesa.

sexta-feira, julho 6

Sondagens GOP


Jun. 27

Jun. 6

May 2007

Rudy Giuliani

29%

22%

24%

John McCain

17%

15%

17%

Fred Thompson

15%

13%

8%

Newt Gingrich

8%

8%

6%

Mitt Romney

8%

10%

9%

quarta-feira, julho 4

Promessas


A primeira cimeira UE-Brasil, realizada hoje em Lisboa, produziu o que a União Europeia melhor sabe fazer: promessas e boas intenções. Lula da Silva deu o mote, afirmando-se esperançoso que seria possível chegar à acordo nas negociações de Doha. O objectivo é eliminar qualquer barreira ao comércio livre, acabando com os generosos subsídios estatais que os países ricos fornecem a muitos dos seus produtos, na sua grande maioria agrícolas, e que desta forma impossibilitam uma justa concorrência e a possibilidade de países menos favorecidos conseguirem competir num mercado global.

A grande dor de cabeça da UE, ou melhor, do senhor Peter Mandelson, é a França e a meia-dúzia de agricultores franceses, que sugam 47% do orçamento comunitário para a famigerada PAC. Os EUA também não são inocentes, mas a intransigência da França torna qualquer negociação impossível. Se alguns manifestavam alguma esperança que esta situação terminasse com a eleição de Sarkozy, desenganem-se meus caros. Em matéria agrícola e de de subsídios chorudos, Chirac ainda está no Eliseu. E com tudo isto, José Sócrates repete a lengalenga que nos apresenta à dois anos: É preciso mais "justiça" e "equilíbrio". Só faltou a confiança e acima de tudo um "choque". A ronda de Doha agradecia...