A última hipótese?
Este texto que o AAA recomenda, levanta questões interessantes sobre Sarkozy. Porém, creio que cai no erro de analisar diversos factos de uma forma extremamente redutora, fora de um contexto e de uma perspectiva. Se é verdade que durante os protestos contra o CPE, Sarkozy guardou muitas reservas, isso não o faz menos duvidoso de tomar as medidas necessárias para a economia francesa.
O CPE foi forjado pelo Primeiro-Ministro Dominique de Villepin, quase em segredo com o Presidente Jacques Chirac, e foi aprovado sem a mínima explicação às pessoas. Sarkozy, membro do executivo na altura, criticou logo de início o enquadramento que a discussão da lei tinha tido no parlamento e na sociedade, e quando a crise explodiu, obviamente não deu o seu apoio cego ao PM. Se também tentou poupar a sua popularidade na crise, disso também não tenho dúvidas. Mas isso revela apenas bom-senso. De nada valia afundar o seu capital político numa lei, que certamente ia no sentido de flexibilizar as leis laborais do país, mas abrindo caminho para que outras forças políticas executassem o precurso inverso do que deve ser o rumo correcto. Num país como a França, onde uma enorme maioria de pessoas ainda olha com uma enorme desconfiança para os benefícios da globalização, a precaução numa lei que foi mal elaborada por um PM, não é apenas sinal de calculismo ou incapacidade política. Trata-se apenas de bom-senso político. A França compreende isso melhor do que ninguém, dada a sua história política dos últimos 20 anos.
O CPE foi forjado pelo Primeiro-Ministro Dominique de Villepin, quase em segredo com o Presidente Jacques Chirac, e foi aprovado sem a mínima explicação às pessoas. Sarkozy, membro do executivo na altura, criticou logo de início o enquadramento que a discussão da lei tinha tido no parlamento e na sociedade, e quando a crise explodiu, obviamente não deu o seu apoio cego ao PM. Se também tentou poupar a sua popularidade na crise, disso também não tenho dúvidas. Mas isso revela apenas bom-senso. De nada valia afundar o seu capital político numa lei, que certamente ia no sentido de flexibilizar as leis laborais do país, mas abrindo caminho para que outras forças políticas executassem o precurso inverso do que deve ser o rumo correcto. Num país como a França, onde uma enorme maioria de pessoas ainda olha com uma enorme desconfiança para os benefícios da globalização, a precaução numa lei que foi mal elaborada por um PM, não é apenas sinal de calculismo ou incapacidade política. Trata-se apenas de bom-senso político. A França compreende isso melhor do que ninguém, dada a sua história política dos últimos 20 anos.
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