Fixação
Bastou sair a palavra de Bruxelas, para Marques Mendes vir de imediato exigir mais um referendo. A sério, não entendo esta fixação pelo voto de aprovação dos portugueses, justificando para isso, imagine-se, aproximar o cidadão da UE.
Caso Sócrates concordasse com a ideia absurda de realizar o referendo (e Cavaco jamais o aprovaria), não só íamos ter um resultado politicamente nulo, como podíamos criar ainda mais problemas. Se o Dr. Marques Mendes quer que os cidadãos se aproximem da UE, não os mace com mais um referendo inútil, cujas implicações devem ser lidadas a um nível parlamentar.
Esta tendência populista de alguns políticos portugueses, com laivos de democracia participativa, constituem um risco para o nosso sistema político. O nosso país está muito longe de ser uma Suiça, e está longe, espero, de se tornar a VI República com que sonha Madame Royal e a sua utópica démocratie participative.
4 comentários:
Muito bem! Finalmente, encontro na "blogosfera liberal" um texto lúcido sobre este assunto.
Absolutamente de acordo. Visão claríssima e muito sensata desta questão.
Ah... GOVERNO DO POVO
______pelo POVO
______para o POVO
______e o *medinho* que ele se pronuncie livremente.
______NÓS não somos a SUIÇA.
______POIS NÂO , mas assim , com Governos PATERNALISTAS (e descaradamente manipulatóeios , como o PS) nunca alcançarmos esse ideal.
Não percebo o que tem de paternalista, um parlamento efectuar o trabalho para o qual foi eleito...
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